REFLEXÕES SOBRE A VIVÊNCIA INICIAL DE PROFESSOR: CORPO, ESCOLA E ENSINO.


Felipe Araújo de Melo¹



O seguinte trabalho faz parte de uma rede de considerações que englobam o uso das artes cênicas no ensino de história. A dança e o teatro se fazem no e pelo corpo, contudo o mesmo é alvo de controles desenvolvidos pela sociedade e permeiam instituições. Sendo necessário problematizar esses espaços, as abordagens deste texto se referem a escola e as dinâmicas dentro dela e também a formação de professores em meio a essas dinâmicas. O projeto de extensão “Processos de Formação Docente: ações de ensino-aprendizagem em história”, coordenado pela Profª Drª Siméia de Nazaré Lopes, proporcionou na Escola Municipal de Ensino Fundamental José Maria Moraes e Silva, a imersão do futuro profissional da educação dentro de seu ambiente de trabalho. Captadas não apenas pelo diário de campo, mas também pela sensibilidade da pele, as experiências aqui retratadas são colocadas sob o olhar do sujeito em um primeiro contato com a escola. A cultura escolar foi objeto de observação com o intuito de desenvolver o saber docente. Ser permeado, observar e ser observado. O texto aborda o cotidiano da escola, os alunos e seus comportamentos, as formas de quebrar os controles sobre o corpo desenvolvidas pelos indivíduos. O olhar sobre o futuro professor por ele mesmo, e acima de tudo a visão de seus alunos sobre seu eu-profissional e sua pratica é fundamental para o  desenvolvimento do fazer. O texto está  dividido em três partes, a primeira levanta a base bibliográfica  para problematizar  a escola, o corpo e o ensino. A segunda parte se refere especificamente as situações anotadas que revelam as dinâmicas  de poderes e subversões esclarecidas na primeira parte. E por fim se tem um tópico  onde o autor expressa sua opinião diretamente ao leitor.  Não se busca generalizações com as ideias apresentadas, apenas retratar a visão sobre o espaço escolar e suas marcas em um futuro professor buscando formar sua prática em sala de aula.

Lentes Para Enxergar o Corpo

Entrar em contato com a escola sendo um professor  em formação é uma experiência  riquíssima. A pluralidade de sujeitos é evidente. Durante os acompanhamentos o cotidiano  escolar é esclarecido. As relações professor-aluno se estreitam na medida em que ambos desenvolvem confiança e admiração, com o passar do tempo. Com base em Doris e Millani (2011) se buscou a partir destas vivências questionar a pratica docente. Segundo as autoras, o professor precisa estabelecer uma postura de reflexão acerca de seu local de trabalho, o que oferece um desenvolvimento crescente enquanto educador. Desconstruir e reconstruir o saber docente conforme Célia Nunes (2001) se dá  pela reflexão  na e sobre a prática. Reforçando a posição  do professor-pesquisador, sempre refazendo sua docência  e seus saberes originados do meio escolar. A articulação de teorias para esta tarefa é  necessária , contudo se faz importante que as mesmas sejam confrontadas com a realidade da escola. Desta forma, sabendo que a escola é um espaço  permeado de controles e produtor de uma cultura própria, que interferem na ação  do professor,  é  necessário  “lentes" para perceber tais relações. A importância de problematizar tais elementos é que assim o professor observa seu trabalho, seu fazer e como fazer percebendo a necessidade de inovar práticas.

Em busca da construção de uma visão sobre a ação docente  e consequentemente  a formulação  do saber, autores como Selva Fonseca(2003), Paulo Freire (1987) , Foucault (1987), Gadoti (1981), Bourke (2010), Diana Vidal (2006;2009), Cândida Maria (2006), foram convocados para serem os filtros pelos quais os olhares a respeito do corpo na escola e do futuro professor  em sua prática, atravessam. Refletir sobre o ensino de história ou a formação  docente pela escola, exige problematizar o corpo, pois nele se fazem os controles de conduta, de disciplina e também  de aprendizagem. Se estabelece um corpo para aprender e para ensinar. Para absorver ou memorizar  os conteúdos,  alunos são  colocados em fileiras, olhando atentos para o professor, que por sua vez é colocado em um nível  acima dos alunos, inquestionável. A docilidade dos corpos, como aponta Foucault (1987), impera na escola. A respeito disso Cândida Maria (2006)  em suas considerações  expõem  que existe um padrão  de “aluno ideal", este fica em silêncio, passivo perante o mestre. A escola domina o corpo, simbolicamente e fisicamente. Tais questões  já  foram problematizadas por Paulo Freire (1987) que denomina este modelo de ensino de “educação bancária”. A pratica docente portanto precisa ser reformulada, em busca de  mudar o ambiente e também  o aluno. Permitir transformações como aponta Ubiratan Rocha (2001).

A relação  ensino- aprendizagem é  moldado por essas normas, o que dificulta o desenvolvimento do senso critico dos alunos devido a sua posição  e o professor  é  colocado como autoridade e se sair desse posto buscando novas formas de ensinar é condenado pelos pais e a direção. Diana Vidal (2006; 2009)  define a essas relações  no espaço da escola de cultura escolar. O professor  está  imerso na mesma cotidianamente, na verdade tal indivíduo é  elemento que ajuda a produzir tal conceito. Não  refletir sobre sua ação  para com os alunos promove a manutenção  do sistema da imobilidade e passividade. Vale ressaltar, que a autora também  coloca que os elementos materiais que constituem a cultura material escolar  são  modeladores do  corpo do aluno. O lápis, a caneta, a carteira, compõem  exemplos desta materialidade,  que precisam ser indagados.

Ao se fala de escola, corpo, ensino e controle não se pode esquecer de discutir em um contexto maior. Estes são simples elementos que compõem  a educação. A macroestrutura pode-se dizer assim. O que ela representa? O que a faz tão importante? Estas indagações  ajudam a esclarecer a importância da reflexão  sobre o ensino, a pratica, o papel do professor. A respeito disso Selva Fonseca(2003) coloca que a educação  é  um “lugar estratégico”, pois nela as classes dominantes da sociedade operam com o intuito de prolongar seus poderes e interesses. Com isso se entende  a falta de mobilidade dos corpos, os ideais, as normas, as prisões  em forma de carteiras, o silêncio, a memorização  mecânica. Existe um projeto de educação  que  atende a classes sociais específicas. Outra contribuição para esta análise é  posta por  Gadoti (1981) quando aponta que “a educação  sempre foi política. O que precisa é  ter clareza  do projeto que ela defende, politizando-a"(p. 13).  Vieira et al (2007), também  expressa que:

“O poder e a dominação  não  se localizam apenas no aparelho de estado ou no nível do econômico , mas existe todo um processo de disciplinarização necessária da população, que permeia toda a atividade social, desde o trabalho, escola, familia, até  as formas aparentemente mais ingênuas de lazer"  (p. 8)

Desta maneira a pratica do professor  precisa refletir sobre os  corpos de seus alunos. A aula quebra ou fortalece essas normas. Bourke (2010) comenta que “o corpo é apresentado como totalmente construido por regimes culturais de poder, deixando o indivíduo escravizado a discursos e instituições disciplinadoras" (p.306). Contudo, falar que os alunos são  tão  controlados assim seria um erro. Os indivíduos criam formas de desviar dos controles, isso  é visto como  indisciplina, entretanto ao levar em consideração os pontos debatidos anteriormente estas ações  passam a ser resistência. O professor tem que enxergar  novos meios de trabalhar com o corpo dos seus alunos, ou como defende Cândida  Maria (2006), desenvolver sua pratica de ensino a partir indisciplina ou melhor das resistências  dos alunos aos moldes impostos.

Vivências  e Sensibilidades

Após essa discussão teórica, serão apontadas nesta parte as dinâmicas  anotadas na experiência  inicial de um futuro professor, não  pelo simples fato de descrever, mas porque estão  interligadas as resistências ou segundo Diana Vidal (2006; 2009), as subversões   dos alunos. Dentre as observações desenvolvidas durante o acompanhamento na escola, optou-se pelo recolhimento dos relatos dos alunos a respeito do professor  e sua pratica, procurando entender como o enxergavam sua ação. Esse olhar é  importante na medida em que o professor o acrescenta em seu saber e procura a partir disso melhorar a sua prática.  Foram acompanhadas duranfe o ano de 2018 turmas de 6°, 7° e 8° ano. Começaremos expondo alguns exemplos de situações  abordadas no 6° ano:

17 de sentembro de 2018: O corpo fala uns baixam a cabeça, outros fixam o olhar no professor, outros vagam pela sala com suas mochilas.

25 de setembro de 2018: Atividade com material audiovisual- Se perguntou a opinião  dos alunos sobre o uso do video na sala de aula. Eles responderam que gostaram pois “Todos os dias a gente escreve".

25 de outubro de 2018: Alunos se acomodam na mesma carteira, esticam as pernas apoiando o calcanhar em outra carteira. Uma aluna em especial chama atenção, vai até  a porta da sala e ao voltar faz combinações  singulares com as mãos  o que pode ser interpretado como dança. Ao escrever a matéria  no quadro os alunos exclamam frases como, “ Tio já  tá bom”  ou “Tio já tá ótimo”.

30 de outubro de 2018: A escola é local da pluralidade de sexualidade. Uma aluno exclama np seu fazer “Cadê  meu leque para abanar aqui?” após  usar o corretivo logobem seguida cruza as pernas.

13 de dezembro de 2018: Um aluno pegou a caneta do seu colega, em outro momento pega o caderno do mesmo colega o que o faz se exaltar. Uma aluna se posicionou no meio de das fileiras para copiar.

Sobre o 7° ano:

30 de outubro  de 2018: A caneta pode ser (re) significada como uma arma com mira. O celular se torna objeto de interesse.

12 de dezembro de 2018: Alunos fora da sala se comunicavam com alguns alunos de dentro, fazendo com que estes últimos  subssem em cima das carteiras para vê-los ou pulassem. Neste momento uma aluna exclama para a professora “Tia minhas fãs, Tia suas fãs“.

Sobre o 8° Ano:

25  de outubro de 2018: Alunos usam o celular. Alunas brincam com estojo de maquiagem, passam uma no rosto da outra utilizando um pincel. A fala de uma aluna intriga a visão  sobre o professor, ela comenta “Se eu fosse professora  eu ia dizer ei! Podem brincar".

13 de dezembro de 2018: A sala de aula é  um espaço  para se cuidar, uma aluna coloca um pouco de creme na mão  e passa no cabelo, logo depois a mesma aluna estava com um tipo de protetor labial, percebeu que eu a observava e guardou o objeto.

Os acontecimentos aqui retratados demonstram um pouco do cotidiano escolar vivido, observado. Indagações como, O que a imagem do professor representa? Como incentivalos a estudar? Como não  exigir ou impor controle em meio a essa situações? Não  é  objetivo  desse texto responder tais indagações  pois, o professor  sempre se reinventa conforme a sociedade muda e os ideais de educação  e ensino também se transformam. Assim modelos podem ficar ultrapassados. O importante, contudo, não  é  construir juizos de bom ou ruim aos comportamentos dos alunos. Como foi defendido anteriormente  neste texto, tais questões  fazem parte da cultura escolar, é  necessário  tomar tais situações com o intuito de construir novas praticas e saberes docentes.

Os alunos são  sujeitos que precisam ser ouvidos, em busca de uma “educação problematizadora". Construir  o conhecimento com o aluno, alterar os controles perceber que estes indivíduos  é testemunha de seu período  histórico como aponta Ubiratan Rocha (2001). Desta forma como podemos colocalos em passividade? Isto retira do aluno o refltir sobre si e o mundo que o cerca. Pensando no valor da consciência  destes sujeitos, suas visões  sobre o professor serão  expostas agora. Vale ressaltar que nesta parte do trabalho não  se dividido tais olhares por turmas.

Aluno A: “O senhor é professor legal, companheiro, muito divertido, inteligente. Quando o senhor chegou eu falei é  outro chato, chato, chato, chato, chato. Mas é  legal. Professor segue o teu caminho não  desista dos teus sonhos não olha para trais. O seu passado o senhor já  vivel,  o seu presente começa agora, e o teu futuro ainda vai surpreender  muita gente.”

Aluno B: “Ele é  divertido, gosta de se relacionar com os alunos faz os assuntos chatos ficarem divertidos.”

Aluno C: “Felipe eu acho você  um professor muoto bom, eu gosto como você  explica as coisas por exemplo: eu faço  uma perguntinha e você  já  faz um texto eu gosto de professor assim mas as vezes você  é  um pouco chato, mas todo professor  é  assim. Muoto obrigado por nos ensinar mais de história.”

Aluno D: “O senhor é  muito legal, bonito, dança  bem, escreve pouco explica super bem o assunto é  um bom professor.  Tio do Egito"

Aluno E: “O professor  Filipe é  um professor  muito legal quando fala do Egito a gente chama ele de tio do egito ele explica muito bem todo mundo entende ele também  faz algumas brincadeiras a gente se diverte muito.”

Aluno F: “O professor Felipe é  muito legal eu gpsto muito das aulas dele, porque eu me enteresso muito por história  sobre os deuses. Ele explica direitinho, e da pra entender ele passa videos na televisão  sobre o assunto. Todas as turma gosta muito dele, e o bom e que ele fica com agente aqui na sala só  um horário.”

Aluno G: “Quando o professor Felipe veio, ele trouxe uma outra forma de aprendizafem para o cotidiano da sala, ele aparenta ser simpático, paciente com os alunos, mesmo os alunos sendo agitafos (Maioria). As aulas dele são  dinamicas e ludicas, são  um diferencial de aprendizagem.”

Aluno H: “Bom eu acho ele muito legal acho ele engraçado  divertido simpático ele parece um ursinho de tão  fofo você  é  o professor mais legal você  é  muito amoroso com todos nós  e espero que você  continue sendo essa pessoa legal engrasado ti amo do fundo do meu coração.”

Aluno I: “Ele tem uma forma de ensinar bastante divertida. Bom, cada prof° tem a sua maneira de ensinar e isso deve ser respeitado, então eu acho que não  deva mudar nada, apenas explicar com o coração.”

Como se pode pode observar o aluno filtra o professor  que se apresenta, uma imagem é  formada, juizos são  formados. O professor  em formação  precisa se ver pelo olhar do aluno pois sua pratica interfere diretamente neste. Como se pode refletir sobre a pratica e o saber sem recorrer ou considerar a opinião  daquele que é o alvo de toda forma de ensino?

Fragmentos que Formam: Olhar pessoal do autor

Para finalizar esta discussão  acredito ser valido, se me permite, expor em primeira pessoa a minha visão  acerca de tudo que foi colocado. Como professor  em formação  esta experiência mostrou direções  a serem seguidas, manter a pratica contudo sempre permitindo sua mudança. O saber que construi e que continua a se desenvolver fizeram o meu olhar se direcionar cada vez mais ao ensino. No inicio do texto comento que este trabalho faz parte de uma rede. Problematizo o uso de artes cênicas  no ensino de história, no entanto é  preciso estudar o local e as relações neste, onde tais inovações  serão  propostas. Portanto me dediquei a escrer esta consideração. A escola sendo complexa exige tal cuidado. A cultura escolar apreendida  aqui brevemente com toda certeza modelam a minha partica docente futura. Influenciam cada vez mais a procura de entender as dinâmicas  escolares e da educação, os poderes que  terei de enfrentar em busca da construção do conhecimento para e principalmente, com o aluno. O modelo que vivenciamos abordado e criticado pelos autores destacados nesta consideração  não  permite esse desenvolvimento. A pratica envolve contato, precisa de reflexão, saber absorver e estabelecer uma posição  de aluno mesmo sendo professor pois se aprende com os alunos também. Desta forma agradeço  aos meus alunos que me ensinaram ainda na graduação caminhos que  com certeza continuarei a aprimorar depois de  formado.

Referências Bibliográfica

¹ Graduando em História na Universidade Federal do Pará (UFPA) e  discente do curso técnico de Interprete-criador na Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA). Bolsista projeto de extensão “Processos de Formação Docente: ações de ensino-aprendizagem em história”, coordenado pela Profª Drª Siméia de Nazaré Lopes.

ALVES, Cândida Maria Santos Daltro. (In)Disciplina na escola: cenas da complexidade de um cotidiano escolar. Ilhéus, Ba: Editus, 2006.
BOLZAN, Doris Pires Vargas;  MILLANI, Silvana Martins de Freitas. Docência e Formação: Reflexões sobre a gestão pedagógica na escola. Políticas Educativas, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p. 16-31, 2011.
BOURKE, Joana. Como corpos físicos afetam a transformação cultural ? In: SWAIN, Harriet (Org.). Grandes questões da história.   Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história: Experiências, reflexões e aprendizados. Campinas, SP: Papirus, 2003.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis, Vozes, 1987.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª. Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
GADOTI, Moacir. Concepção Dialética da Educação e Educação Brasileira Contemporânea. In: Educação: Instrumento  de Luta. Educação & Sociedade, Revista Quadrimestral de Ciência da Educação, Cortez, Autores associados, pp. 5-32, março de 1981.
ROCHA, Ubiratan. Reconstruindo a História a partir do imaginário do aluno. In: NIKITIUK, Sônia M. Leite (org.). Repensando o ensino de história. 4 ed. – São Paulo, Cortez, 2001.
NUNES, Célia Maria Fernandes. Saberes Docentes e Formação de Professores: Um breve panorama da pesquisa brasileira. Educação & Sociedade, ano XXII, nº 74, Abril/2001.
VIDAL, Diana Gonçalves. Cultura e Práticas Escolares: A Escola Pública Brasileira Como Objeto de Pesquisa. Ediciones Universidad de Salamanca, Hist. Educ. , 25,  2006, pp. 153-171.
VIDAL, Diana Gonçalves. No Interior da Sala de aula: ensaio sobre cultura e prática escolares. Currículo sem Fronteiras, v.9, n.1, pp. 25-41, Jan/Jun 2009.
VIEIRA, Maria do Pilar de Araújo; PEIXOTO, Maria do Rosário da Cunha; KHOURY, Yara Maria Aun. A Pesquisa em História. 5. ed. São Paulo: Ática, 2007.

5 comentários:

  1. Olá Felipe

    Ao pensar que os estudantes são corpos que movimentam dentro do espaço escolar e produzem cultura e representação deles e sobre o meio que se insere, e ao produzir, deixam de ser receptores apenas, mas assumem uma posição de produtores (emissores), como na sua avaliação deveria ser a relação aluno/professor para que houvesse um maior ensino e aprendizagem nesse espaço educativo, chamado escola?

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Olá! A relação aluno e professor não se resume ao afeto, a maneira como você considera o seu eu-profissional e pratica é importante. O que você quer alcançar com o seu ensino? Me vejo como doador, estudo e me aprimoro pelos meus alunos, me coloco disposto a aprender com eles não apenas na sala mas pelos corredores da escola. Permito o protagonismo destas crianças de expressarem seus olhares sobre mim. Se colocar como um ser em mudança constante lhe permite humildade. Em minha pratica tentei os envolver com as narrativas, sempre usei a educação que me foi dada no meu próprio lar. Existem elementos do meu pessoal que se mesclam com o profissional com o intuito de estabelecer laços de confiança, de troca e de respeito. Claro que existem atritos, contudo não permiti que isso abalasse a parceria. Me coloquei na posição de um futuro professor que deseja construir com seus alunos, acredito que esses são pontos relevantes ao professor que deseja melhorar sua relação com os discentes, tendo em vista que não desejo estabelecer normas de conduta para nenhum dos lados.

      Att, Felipe Araújo de Melo

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    3. Olá Felipe

      Ao pensar que os estudantes são corpos que movimentam dentro do espaço escolar e produzem cultura e representação deles e sobre o meio que se insere, e ao produzir, deixam de ser receptores apenas, mas assumem uma posição de produtores (emissores), como na sua avaliação deveria ser a relação aluno/professor para que houvesse um maior ensino e aprendizagem nesse espaço educativo, chamado escola?


      Esqueci de colocar meu nome na Pergunta

      RODRIGO DOS REIS

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