Pablo Rodrigo Barreto Coelho

INTRODUÇÃO

O período conhecido como idade média não é um bloco homogêneo. Seu início e seu fim são um consenso, afinal, ninguém vai dormir servo pela noite e ao acordar pela manha se vê um iluminista. Aceitamos como o início da Idade Média a queda do Império Romano do Ocidente (476 da nossa era) e a queda de Constantinopla (1453 da nossa era) como seu marco final, ou seja, temos um recorte temporal de quase mil anos.

Não tratamos aqui de um acontecimento global, sendo as concepções sobre a morte uma variante em diversos locais não presentes no nosso estudo, ou seja, não postulamos uma verdade universal. Vamos nos deter nas formas como a morte foi encarada nos períodos finais da Idade Média (séc. XII – XIV), em especial na França.

Nosso objeto de estudo são duas visões sobre a morte e como elas foram retratadas na arte.

O MORRER E A IDADE MÉDIA

As incertezas que a morte carrega são uma constante na vida humana. Para além, as organizações religiosas e sociais também possuíam suas formas específicas de tratar os assuntos do outro mundo. Ao morrer seriamos separados entre os que vão entrar no reino dos céus e desfrutar da vida eterna no Paraíso e os condenados ao Inferno para sofrer por toda a eternidade.

As interpretações sobre o nosso fim sofrem são variadas, bem como é variada a sua utilidade. Existiam também aqueles que não possuíam sua maior preocupação nas questões da alma, mas sim dos corpos e da vida. Para eles, a morte serve para lembrar ao ser humano que ele é mortal, serve para mostrar a materialidade e finitude do corpo, e das glórias.

ICONOGRAFIA E O JUÍZO FINAL

O medievo é marcado pelo analfabetismo. Em verdade, saber ler e escrever não era, nem de longe, uma das principais preocupações do Homem comum. Estas são atividades da nobreza, do clero e de letrados, ou seja, grupos onde os trabalhadores braçais não preenchem fileiras. Sabendo da sua grande massa de iletrados a Igreja católica, em torno dos séculos XII e XIII, buscou alternativas para fazer com que o conhecimento bíblico fosse passado para a população não alfabetizada que frequentavam os cultos.

A alternativa encontrada foi a produção de um tipo específico de material pedagógico e artístico. Obras de arte contendo os ensinamentos bíblicos, ou as mensagens que a Igreja queria passar, deveriam estar bem visíveis para os fiéis e, uma vez que todos devem entrar na igreja pelos seus portais, os ornamentos dos tímpanos tornaram-se uma das principais áreas onde eram colocadas tais obras, por isso, José Rivair Macedo (2000) em seu trabalho sobre o riso na Idade Média escreve que “a estatuária constitui um tipo privilegiado de criação na arte sacra, destinada ao olhar do grande público.”, e que “aquilo que os simples, os iletrados, não pudessem entender através da escrita poderia ser aprendido com o recurso da imagem”. Ainda de acordo com Macedo, temos Eco, que diz que as representações artísticas dentro das igrejas, ou de carácter sacro, são além de tudo ferramentas pedagógicas, “a literatura dos laicos” (Macedo, pg. 75, 2000). Ou seja, é uma forma de propagar a ideologia da Igreja para os grupos que não são capazes de ler a bíblia ou entender a linguagem das missas.

Podemos notar que a preocupação da Igreja é a transmissão de seus conhecimentos, basicamente, temos um grupo erudito querendo interpelar um grupo humilde com suas crenças, entendemos que isso é parte do pensamento de Ginzburg, quando remete aos “desníveis culturais” (2014, pg.12), onde existiriam camadas diferentes de cultura, visto que existem grupos culturais diferentes numa mesma sociedade.
 
Segundo a fé cristã, aquele que em vida se desvia do caminho correto é condenado ao inferno para sofrer por seus pecados por toda a eternidade. Logicamente, quem sofre esse infortúnio não se vê numa situação confortável, mas e aqueles que estão no inferno para realizar o trabalho para a qual foram criados? A riqueza nas representações entre os mortos e as criaturas sobrenaturais é uma ótima fonte para entender a mensagem que se busca passar.

Para ser efetiva, a obra criada precisa ser marcante, ela deve entrar na mente de quem a observa e o seu ensinamento deve ser cunhado no subconsciente de quem a lê, de modo que o que foi visto não seja esquecido. Demônios, inferno e castigos, Macedo (2000) qualifica essa forma de ensinar como “a pedagogia do medo”, ou seja, o medo do inferno e do sofrimento como o ferro que marca na alma o ensinamento. A concepção de medo encontra paralelo no livro Religião e Cristianismo (1977), segundo este manual (produzido pelo Instituto de Teologia e Ciências Religiosas, da PUCRS), o que é Santo provoca “medo e admiração”, ou seja, aquilo que é sublime. Evitando o anacronismo, essa visão é contemporânea, mas pode-se perceber que ela anda de acordo com os pensamentos religiosos do medievo. É importante lembrar que o ensinamento religioso através das imagens não pode se desvincular dessas duas faces, senão ele é incompleto. Se for belo e não carregar uma mensagem, não é útil, se possui uma forte face pedagógica, mas não é belo, não consegue interpelar quem o observa.

Segundo Hilário Franco Júnior (1999), para compreendermos uma situação, precisamos observar o contexto que a precede e sucede, bem como as camadas culturais que se fazem presentes nesse recorte. Tal pensamento é basilar para compreendemos as ações dos personagens retratados nas obras e qual é o ensinamento que se pretende passar. Macedo (2000) ainda nos diz que a relação entre riso, fé e medievo é mutável e que o sorriso passa de algo completamente repreensível para algo bem visto através do riso sincero de alegria e amor para com Deus. Para nós fica então a percepção de duas ações, o riso bem visto e a risada (ou a gargalhada) destemperada que reflete o descontrole da alma ou maldade. Assim, surgem as concepções onde o descontrole e maldade se faz presente nas gargalhadas desformes, na falta de controle dos corpos e ações dos demônios retratados, enquanto aos que sofrem resta apenas uma face de sofrimento com poucas expressões.

Cristo, sempre é visto com uma expressão séria julgando e separando os que morreram entre os bem-aventurados e os condenados, é interessante notar a dualidade entre o bem e o mal sendo o riso maligno e a seriedade benigna, características opostas ao que poderíamos pensar em um primeiro momento onde Jesus seria o que ri e o demônio aquele que é sério ou raivoso. A explicação para tal está na própria bíblia, afinal, não se sabe se Jesus sorriu, mas o texto confirma sobre o seu chorou (João 11,32-36; Lucas 19, 41-42).

Podemos compreender como a ligação entre Deus e os homens se faz no próprio corpo humano. Cristo, os anjos e os homens comumente possuem semelhanças. Com um olhar atento conseguimos ver a humanidade pelos seus traços, braços, pernas e movimentos similares, por isso, todos se parecem humanos. Ainda voltamos nossa análise para as suas expressões, todos sérios e austeros, quando pretendem demonstrar alegria ela é sutil e não mais que um leve sorriso, os seus movimentos e posições são todas humanas. Sorriso para os anjos que levam os eleitos para o Paraíso e sorriso para aqueles que veem sua fé recompensada. Imageticamente, as semelhanças entre nós e as criaturas celestiais traduzem a pregação que somos a imagem e semelhança do Criador (Gênesis 1,26).

As criaturas infernais já se fazem o completo oposto, elas desfiguram suas faces de tanto rir, não possuem qualquer simetria em seus corpos, isso quando não são monstros completos que mais se parecem com animais e outras criaturas fantásticas, portanto, não se parecem com Deus, anjos ou homens.



Figura 1 – Tímpano leste de Notre Dame retratando o Juízo. Disponivel em: http://www.mountainsoftravelphotos.com


Cristo, sério em seu trono, está sob o mundo e separa as almas. Para a sua direita vão os que estão salvos, a frente deles temos um anjo que os protege ao mesmo tempo em que carrega uma balança. Para a sua esquerda são lançados os condenados ao inferno. Aqui não é um anjo que os protege, mas existe um demônio que os conduz com uma corrente, enquanto atrás deles outro demônio os assedia, todos estão sorrindo, são distorcidos e animalescos.
                                                                               
A morte, aqui, separa entre bons e maus, não leva em conta a materialidade do mundo, mas sim as preocupações celestiais. Segregados pedagogicamente entre bem-aventurados e malditos.

MEMENTO MORI

A segunda visão que trazemos nesse trabalho trilha um caminho diferente da anterior, é o memento mori (“lembra-te que és mortal”), que nos é trazido por Huizinga (1996, pg.104). Aqui o devir não é a escatologia católica, tão pouco existe esta preocupação, o que importa é do futuro terreno, é a decadência da carne e da honra. Não pensamos o morrer como um meio teológico ou pedagógico, agora a morte serve para lembrar-nos que somos frágeis e humanamente iguais. Basicamente temos aqui a concepção de que toda a glória, vida e beleza são temporárias.

Para lembrar que nada é eterno busca-se algo chocante, segundo Johan Huizinga “a alma medieval exige uma incorporação mais concreta do perecível: o cadáver que apodrece” (1996, pg.105). Esse é um ponto de ruptura com as representações sacras dos tímpanos ou pinturas sobre o Juízo. Nas obras antigas o sangue, a dor e a até mesmo a sujeira são “limpas”, não são viscerais, agora nos deparamos com os horrores da decomposição, basicamente, passamos do campo imagético simbólico para o realista.

Huizinga, no seu texto O Declínio da Idade Média nos diz “um pensamento que tão fortemente se vincula ao lado terreno da morte dificilmente poderá considerar-se autenticamente religioso” (1996, -g. 106), é uma espécie de contra ponto em relação à hierofania tão marcante, continuar ele, “a renuncia é fundada no desgosto, não brota da sabedoria cristã”.

Ao nos trazer textos que relatem essa perspectiva, Huizinga apresenta o Parement et Triumphe des Dames, a obra nos lembra como o corpo reage ao tempo, “nariz e boca apodrecerão” e “tua beleza mudar-se-á em fealdade”, mas nem somente da decadência física são os alertas. Ainda pesa sobre os ombros de quem ousa envelhecer o medo da solidão “... neste mundo só causareis estorvo”, uma vez que a decrepitude se aproxima não existem mais perspectivas, “se tiverdes uma filha para ela será uma sombra”, portanto a idade e a vida não são fontes de prazer, e se o forem, tais prazeres não se sobrepõem às dores da idade, da morte e da invalidez.

DANÇA MACABRA

Um dos principais motivos para o novo olhar foi a Peste negra, uma das grandes propagadoras do memento mori. Essa doença era algo totalmente novo, os enfermos contraiam sintomas similares aos da gripe, logo a sudorese se manifestava dando início a pústulas negras que marcavam o corpo do doente, em torno de três dias a vitima morria. As condições sanitárias, o descuido com os corpos e o grande volume de cadáveres ajudou na banalização da morte, segundo Boccaccio que viveu os males da Peste (sendo o Decameron uma história ambientada neste contexto) os cidadão das cidades “dug for each graveyard a huge trench, in which they laid the corpses as they arrived by hundreds at a time, piling them up tier upon tier as merchandise is stowed on a ship”, outro caso conhecido é o de Agnolo di Tura del Grasso, que enterrou os seus cinco filhos e sua esposa “with his own hands”. Ou seja, a morte banalizou-se, estava dentro e fora de casa e qualquer um poderia ter a vida ceifada.

Por isso, Huizinga prega que o macabro, tal como conhecemos, surge ai “[...] o sentimento que ele encarna, algo horrível e funesto, é precisamente a concepção da morte [...]”(1996, pg.108), a morte do corpo, a morte da beleza e da glória, essas que não são mencionadas no Paraíso.

Tais formas de compreender e se relacionar com o fim da vida foram percebidas pelos seus contemporâneos, o que desencadeou uma nova produção artística sobre a morte e o morrer, este desvinculado da produção religiosa. Segundo Coelho “A arte é uma síntese entre o que o autor inspira do mundo e expira, essa devolução que ele faz do ar respirado carrega toda sua interpretação do mundo e junto dela sua produção” (2018, pg.223), tanto é que a produção de obras que encaram essa nova visão se intensifica. Consoante

“Cerca do ano 1400 a concepção da morte na arte e na literatura revestiu-se de uma forma espectral e fantástica. Um novo e vivo arrepio veio juntar-se ao primitivo horror da morte. A visão macabra surgiu das profundezas da estratificação psicológica do medo; o pensamento religioso imediatamente reduziu a um meio de exortação moral.” (HUIZINGA, 1996, pg.180)

Nesse contexto onde a fé está posta de lado, emerge o danse macabre. O surgimento (séc. XIII) é com um conto sobre três jovens nobres que em algum momento encontram três mortos-vivos, ao passo que os mortos exortam os vivos sobre a morte e as penúrias da vida avançada. Afinal, a vida tem um fim, a morte tem apenas um início. A espera não foi grande até os três jovens serem substituídos por outros três arquétipos, o nobre, o clérigo e o plebeu. As variações ainda se aplicam aos mortos, existem versões onde os são “versões futuras” dos vivos, ou até o surgimento da Morte em si. Assim, a dança da morte ao mesmo tempo prega uma espécie de igualdade que não era tão presente nessa sociedade estamental, a morte nivela as várias categorias sociais e profissões, sem se preocupar com o status social do futuro defunto, todos à ela sucumbem.


Figura 2 - The Lübeck Danse Macabre. Disponivel em: https://hyperallergic.com/331875/lubeck-danse-macabre-chapel/

Podemos observar que na tapeçaria de Lübeck (figura 2), mortos e vivos estão de mão dada, caminhando juntos, os que não querem dar suas mãos para os mortos se veem sendo puxados por estes. Nessa representação temos um membro do alto clero e um rei sendo conduzidos enquanto os mortos dançam e mostram certa alegria em seus movimentos.

É importante lembrar que a dança dos mortos, em sua essência, não é a dança da Morte. Aqui o protagonista é o morto e não a Morte enquanto “entidade” que vem buscá-lo, Huizinga (1996, pg.109) “O infatigável dançarino é o próprio homem vivo na sua futura forma, um duplo horrendo da sua pessoa.”.

EQUALIZANDO A VIDA NA MORTE

A vida de uma sociedade onde a flutuação entre as camadas sociais é praticamente nula resulta em estagnação, as elites se perpetuam e as massas humildes não conseguem uma ascensão social. Assim, podemos entender como que era necessária a ideia do Paraíso e suas recompensas para os bons cristãos, lá todos seriam iguais, algo que em vida era impossível. O danse macabre fez o máximo possível para trazer à materialidade humana essa igualdade. No Paraíso todos somos iguais, a Morte vem buscar a todos.
Um exemplo que corrobora nossa ideia de nivelamento é o Cemitério dos Inocentes, na França. Nesse local, existe uma mistura entre o profano e o religioso. Huizinga (1996 pg.111) “em nenhuma outra parte como no Cemitério dos Inocentes, em Paris, atingiram estas imagens tanta intensidade na evocação do horror da morte. Ali podia a alma medieval, sedenta do temor religioso, saciar-se do horrível.”, afinal

“sob os claustros a dança macabra exibia as imagens e as instâncias. Não havia lugar mais adequado para a figura simiesca da morte de dentes arreganhados, arrastando na terra papas e imperadores, monges e malvados.” (HUIZINGA, 1996, pg.111)

A rotação dos cadáveres era muito grande, “acreditava-se que nesta terra um corpo humano se decompunha até aos ossos em nove dias”. Outro fato interessante e que corrobora a banalização da morte é que “as caveiras e os ossos eram amontoados e ali jaziam à vista para edificação de milhares de pessoas, dando a todas uma lição de igualdade, Huizinga (1996, pg 111).

Retomando Ginzburg, compreendemos que essas produções e concepções proveem de camadas mais letradas da sociedade, não sendo a produção das massas, mas sim para as massas (2014, pg. 13).

CONCLUSÃO

Percebemos que as visões da morte são um reflexo das estruturas culturais concomitantes que a entendiam de formas diferentes. A Igreja buscava na morte uma forma de educar os fiéis, de ensinar o e cativar o seu público, para tal, viu nas obras artísticas sobre Juízo e a morte a ferramenta que precisava. O mundo secular, chocado pela banalização do morrer e surpreendido com a onda de morte que varreu a Europa, percebe que independente do status social, todos tem o mesmo fim, por isso, com a percepção da decadência e podridão do corpo.  O ensinamento agora é outro, é o de igualdade, é o memento mori que também encontra na literatura e nas obras gráficas o seu meio de propagação.

Por fim, as duas visões são o reflexo de mundo de dois grupos distintos e que apesar do senso comum, a fluidez artística e filosófica da Idade Média não se fazia uma prisioneira de dogmas e ordens da Igreja Católica.

REFERÊNCIAS:

Pablo Rodrigo Barreto Coelho: Especialização em Ciência da Religião (FAVENI); Graduado em História pela FAPA – Faculdade Porto-Alegrense; Membro fundador do GAP (Grupo Autônomo de Pesquisa) - Sair da Grande Noite. https://sairdagrandenoite.com/; Lattes: http://lattes.cnpq.br/7732722572974282

COELHO, Pablo; PSICANÁLISE, ARTE E REPRODUÇÃO: do Sentimento Oceânico ao fim da Aura no capitalismo. In: NUNES, Francivaldo (org.). I IMPÓSIO ONLINE DE HISTÓRIA DOS ANANINS: ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO. Pará: Editora Cordovil, 2019. p. 222-229
GINZBURG, Carlo. O QUEIJO E OS VERMES: O cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Editora Schwarcz S.a., 2014.
HUIZINGA, Johan. O Declínio da Idade Média. Lisboa: Editora Ulisseia, 1996.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. O ANO 1000: Tempo de medo ou esperança?. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
MACEDO, José Rivair. Riso, Cultura e Sociedade na Idade Média. São Paulo: Unesp, 2000.

3 comentários:

  1. Boa tarde Pablo, realmente um ótimo texto.
    Percebi que muito se alterou em decorrência das mortes e das pestes para os fieis, alterando a forma de ver o divino. Mas, como foi o impacto e qual foi a resposta da igreja quando se muda essa "visão de mundo" pós-pestes?
    grato,

    Rafael Noschang Buzzo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pela pergunta, Rafael. Com certeza, a compreensão do momento histórico só é completa quando analisamos suas causas e suas consequências. Mas pela leitura que se criou o texto, entende-se que essa transformação não foi um movimento organizado, como uma Reforma, por exemplo. Assim, a Igreja não preocupou-se em combate-lo, uma vez que não era um inimigo ou algo do tipo. O que ouve foi um leve sincretismo, onde essas representações do danse macabre e a visão mais material da morte passaram a aparecer dentro de locais santos, como é o casa do Cemitério dos Inocentes, onde as representações, em grande parte, tendiam ao lado material e terreno.

      Espero ter respondido de forma satisfatória.

      Pablo Rodrigo Barreto Coelho

      Excluir