Aline de Freitas Lemos Paranhos
O LUGAR, O CONTEXTO E A TRAMA
Pretende-se com está pesquisa,
discorrer sobre o conflito identitário que ocorre no Museu Xucurus de História
Artes e Costumes, situado no centro da cidade de Palmeira dos Índios, município
localizado no interior de Alagoas, marcado pela forte presença negra e
indígena. Desse modo, o museu que será aqui analisado, conta com um
considerável acervo memorialístico constituído a partir de doações feitas por
diversos moradores de sua microrregião. Com isso, será apresentado neste
trabalho, os diversos objetos encontrados naquele espaço, sua relação com a sociedade
palmeirense, inclusive, as formas como estão organizados os objetos referentes
ao branco, ao negro e ao índio, nesse acervo.
Vale destacar que, o município de
Palmeira dos Índios, como o próprio nome já sugere, é marcado pela presença
indígena dos Xukuru-Kariri, etnia essa que nasce da fusão
dos Xukuru da Serra de Ororubá, vindos de Pesqueira- PE e dos Kariri de Porto
Real do Colégio- AL; além de dispor da presença da
comunidade Quilombola da Tabacaria, que foram se estabelecendo na região devido
a sua posição geográfica na zona de transição entre o agreste e o sertão
alagoano, que lhes serviu como rota de fuga das tramas sociais que lhes foram
impostas no período colonial.
De acordo com conversas
informais realizadas no local, foi depois da morte de Zumbi dos Palmares que
seus antepassados se organizaram e começaram a migrar para outros espaços em
busca da sobrevivência. A partir disso, uma parte do grupo étnico dirige-se às
serras do atual município de Palmeira dos Índios e firmam residência no território
que hoje pertence à esta comunidade.
Em relação aos índios Xukuru-Kariri,
eles se distribuem em nove aldeias situadas entre as serras palmeirenses, sendo
elas: Fazenda Canto, Mata da Cafurna, Cafurna de Baixo, Boqueirão, Serra do
Amaro, Serra do Capela, Riacho Fundo de Baixo, Coité e Jarra. Essa fragmentação
do grupo é tida por dois fatores; o primeiro relacionado à falta de demarcação
de terra contínua e, o segundo, referente aos conflitos internos que
segmentaram as famílias na disputa pelo poder. Já em relação aos negros, a
comunidade Tabacaria, situada na zona rural, a partir da constituição de 1988,
lutam por direito à posse da terra e o processo de reconhecimento que se dá em
2005, mas o título da posse coletiva da terra só é tido em 2016.
A partir disso, o levantamento do
aparato teórico foi feito a partir de cinco momentos, o primeiro ligado ao
contexto de formação de Palmeira dos Índios. Na segunda parte é levantada uma
discussão sobre a memória coletiva do município. Já a terceira gira em torno do
conceito de patrimônio histórico e cultural, o que nos leva à discussão
seguinte, da importância de um museu que represente e faça sua população se
sentir representada nela. Por último e não menos importante, trabalharemos em
cima das teorias de imagem e representação.
Nesse sentido, a pesquisa se
materializa a partir de visitas periódicas ao museu e seu entorno para coleta
de fotografias, conversas informais e entrevistas. Além disso, foram visitadas:
a aldeia indígena Mata da Cafurna e a comunidade quilombola da Tabacaria, no
intuito de conversarmos e fotografarmos a realidade em que eles vivem, bem como
investigarmos sobre o que eles pensam em relação aos objetos de sua cultura
étnica encontrados no acervo do Museu Xucurus, como uma forma de ouvir e dar
voz a esses povos, confrontando, desse modo, os aspectos do visível e do
dizível.
Além das conversas informais feitas com
os moradores da cidade, o período de
coleta de documentação e informações nos proporcionou a realização de
entrevistas feitas com: Kátia Cadengue (professora da
rede estadual de ensino e responsável pela última reorganização do Museu
Xucurus), Lenoir Tibiriçá (ex-pajé da aldeia indígena Mata da Cafurna),
dona Domicilia Silva (esposa de seu Gerson, um dos membros mais antigo e influentes
da comunidade quilombola da Tabacaria) e Maria Aparecida (também quilombola).
Desse modo, relacionando o
presente e o passado, buscaremos analisar, neste trabalho, a influência desses
grupos tradicionais no cotidiano da sociedade local através da memória coletiva
e da cultura material. Serão acentuadas ainda algumas discussões acerca das
formas como os negros e os índios são vistos na região por meio das
representações impressas no acervo do Museu Xucurus e, o que de fato, eles
simbolizam para a comunidade palmeirense.
PALMEIRA DOS ÍNDIOS: HISTÓRIA, MEMÓRIA E IDENTIDADE
A história de Palmeira dos Índios,
desde sua constituição, encontra-se entrelaçada a um processo de disputas
memorialísticas e territoriais. Segundo Peixoto (2013), os dois grupos
indígenas que deram início ao povoamento do território, os Xukuru e os Kariri,
foram submetidos ao catolicismo pelo frei Domingos de São José, que no ano de
1773 solicitou a D. Maria Pereira Gonçalves, herdeira da sesmaria de Burgos,
meia légua de terra para construção de uma capela.
Com a documentação lavrada em cartório,
começava então a ganhar forma o território de Palmeira dos Índios. Após
construção da primeira capela e com o desenvolvimento da catequese indígena, o
frei construiu uma segunda, na parte mais elevada da planície, tendo como
principal objetivo o povoamento daquele local. Desse modo, com a criação da
igreja, aumentara o fluxo de pessoas naquela região, e entre elas alguns
comerciantes que foram estabelecendo residência no entorno da capela, criando
assim um pequeno aglomerado populacional.
Diante do processo de povoamento dessa
região, começa então a desencadear-se as primeiras disputas territoriais, tendo
em vista que os indígenas eram privados de entrarem em determinados locais
pelos novos moradores da localidade. De acordo com algumas documentações encontradas
no NEPEF (Núcleo de Estudos Políticos, Estratégicos e Filosóficos da
Universidade Estadual de Alagoas, campus de Palmeira dos Índios - AL), a
elevação do povoamento à categoria de vila foi em 10 de abril de 1835, a partir
da resolução nº 10. Em 1853 foi elevada à categoria de cidade e em 1872 teve a
criação da sua comarca. Seu termo fazia parte da comarca de Atalaia, passando
para Anadia em 1838.
Outra versão encontrada com frequência
na região é a do memorialista Luiz Barros Torres, que vem sendo construída a
partir de uma série de elementos que contribuem para a criação de um discurso
que ecoa pela municipalidade, como a lenda sobre a fundação da cidade (a lenda
da fundação de Palmeira dos Índios, criada por Luiz B. Torres em 1971 foi feita
em formato de quadrinhos. A versão original está no acervo de Luiz Byron Torres
que se encontram no Núcleo de Estudos Políticos, Estratégicos e Filosóficos -
NEPEF da Universidade Estadual de Alagoas, campus de Palmeira dos Índios - AL),
sua bandeira e imagens de índios encontrados ao longo do território palmeirense,
além da constituição do Museu Xucurus.
MUSEU XUCURUS: ENTRE COLECIONISMOS, IMAGENS E REPRESENTAÇÕES
“[...] o Museu Xucurus de História,
Artes e Costumes perpetuou-se como local de memórias em Palmeira dos Índios,
configurando-se num ambiente que transmite uma imagem própria, uma narrativa
sobre a história da cidade, tecida a partir da visão dos seus idealizadores.
(SOARES, 2017, p. 133).”
A princípio, como Luiz Torres era responsável por uma contribuição significativa sobre a
história do município e vinha de uma série de escavações feitas na cidade e seu
entorno, onde foram encontradas igaçabas
e outros artefatos indígenas que, de acordo com o Termo de Convênio entre a
Secretaria da Educação e Cultura e o Museu Xucurus, publicado no Diário Oficial
do Estado (D.O.E de 20/04/1983) na
Portaria nº 497, de 19 de abril de 1983, cláusula primeira; o objetivo deste
“museu-popular” era promover o desenvolvimento cultural, a conservação do
acervo indígena e o fomento da indústria do turismo.
Partindo desta premissa, é
criado o Museu Xucurus, que nasce da parceria entre o memorialista Luiz Torres,
o bispo Dom Otávio Aguiar e o tenente Alberto de Oliveira; que o instaurou no
prédio que outrora formava a Igreja do
Rosário dos Pretos, erguida pelos escravos que viviam nessa localidade durante
o século XVIII, que estava desativada. Face a isso, se por um lado Luiz Torres
fundamenta a ideia de construir uma instituição memorialística para
salvaguardar os artefatos indígenas; por outro, o bispo cedeu o local para que
essas aspirações fossem concretizadas. Além do mais, sua presença foi
fundamental para a coleta de objetos que seriam expostos no museu devido a
campanha que ele criou para a arrecadação de peças que durou de dois a três
meses e teve como apoio a Rádio Educadora Sampaio (dados retirados de acordo
com o relatório feito pela Biblioteca de Palmeira dos Índios no dia 25 de
novembro de 1974 e assinada por Luiz Torres, presidente do Museu Xucurus, em 16
de julho de 1979).
Desse modo, em 1971 foi fundado o Museu
Xucurus de História, Artes e Costumes; contendo um acervo bem diversificado,
constituído a partir de doações feitas pelas elites da região que pertencia à
diocese de Palmeira dos Índios, na época, através dos objetos como armas,
louças, moedas, máquinas de escrever, bem como uma parte destinada a arte
sacra, correntes e objetos que serviam para torturar os negros, além de um
acervo de artefatos indígenas. Durante a inauguração, não há relatos da presença
de indígena e quilombola no local, no entanto, comerciantes, empresários,
vereadores e outros personagens do tipo, lá estiveram.
Nos dias atuais, ao nos deparamos em
frente ao museu, observamos paredes com suas tintas descascadas, ao entrar a
primeira imagem que se tem é a de um altar com algumas imagens de santos e
caixas de vidro com as vestes de um padre da igreja católica que viveu e atuou
na cidade. Na nave direita, estão expostas fotografias de alguns prefeitos do
município, e à esquerda, uma coleção de santuários e fotos da primeira paixão
de Cristo que aconteceu na Serra do Goití. Subindo a escadaria, nos deparamos
no topo da escada, com três manequins: à direta, uma figura com calça branca
acorrentada com a frase “Ladrão e Fujão” estampada no peito. No centro, a
representação de uma mucama e à esquerda, um manequim acorrentado com uma
mordaça tapando-lhe a boca. Na última sala estão expostos alguns artefatos
indígenas como arcos, flechas, igaçabas e vestes religiosas.
A partir disso, acentua-se uma
discussão acerca das formas como estão expostos os artefatos da cultura branca,
negra e indígena e como cada um deles se percebem neste espaço. Quando pergunto
a Dona Domicília Silva se ela já havia visitado o Museu Xucurus que fica na
antiga igreja que havia sido construída por negros ela me responde que nunca
foi no museu, mas que já ouviu falar nessa igreja. Então, ao ver algumas fotos
referentes a cultura negra que estão expostas no museu (fotos dos manequis
acorrentados, do tronco e das telhas e potes de barro) ela diz emocionada, o
seguinte:
“É muita, é muita coisa minha fia...
[...] Eu sinto muito probrema, porque você ver a gente que é negro... Hoje tá
melhor, porque no tempo dos antepassados a gente era humilhado [...]” (SANTOS,
D; 2019)
Em contrapartida com a fala de Dona
Dominícia, durante uma visita ao Museu com outra entrevistada, a quilombola
Maria Aparecida ela diz o seguinte em relação aos manequins dos negros que
estão expostos no museu:
“Olha a estética... Esse negro está
totalmente europeu, não que ele não tenha havido a miscigenação, só que pra um
negro requinto, com a pele super escura, como é que ele vai ter esses traços?
Esses olhos que não são escuros? [...] Ai você trás um período tão longo que
foi a escravidão e você traz três negros que foram responsáveis? [...] Você
trás três negros pra representar [...] ai tipo, só foram esses três que
ajudaram a construir aqui? Ai quando você coloca... olha a formosura que está
no inicio do museu. Olha a riqueza de detalhes [...] protegido... Olha como
está exposto! Olha a cor que está! Não é
tirado, não é tido manutenção e além do mais não é valioso [...] Um manequim de
plástico que vai ser substituído, que eles tentaram escurecer. Eles pintaram
[...] foram tentar modificar o nariz e alargar [...] E olha só como eles
colocam as marcas e os lábios tentando recortar os lábios dando aquela ideia de
negro europeu [...] E outra coisa, só tem isso aqui relacionado à escravidão da
população negra [...] e a maioria dos quilombos não é isso. Os quilombos não
são isso. Eles tem a sua história !” (SANTOS, M; 2019)
A partir das narrativas de Maria
Aparecida fica evidente a divergência que há em relação a imagem negra que está
contida no Museu Xucurus e o que de fato eles simbolizam na atualidade.
Corroborando
com isso, destacamos alguns elementos que
envolvem a divergência entre aquilo que é projetado através das representações
negras e indígenas contidas no museu e o que de fato simbolizam para os povos
esquecidos pelo conjunto de relações econômicas, políticas e sociais. Para
alguns Quilombos da Tabacaria, ver os objetos da cultura negra expostos no
museu os trazem lembranças de dor e embora façam parte de sua trajetória, não
mostram de fato o que eles são hoje. Já na perspectiva dos Xukuru-Kariri, os
artefatos do sagrado indígena expostos são tidos como uma ofensa para sua
cultura e para sua religião, além de seus mortos terem sidos desenterrados e se
tornado peça de museu.
NOVOS HORIZONTES, VELHOS PROBLEMAS
Ao compreendermos a impossibilidade de
preenchermos completamente lacunas historiográficas, ao considerarmos suas continuidades e rupturas presentes na
produção de documentos, ou na memória dos envolvidos nos processos históricos;
apresentamos, nessa pesquisa, várias
faces do cotidiano palmeirense, descritas a partir do Museu Xucurus de
História, Artes e Costumes e, com isso, um pouco de como sua identidade é
construída, transparecendo sua singularidade à medida em que deixa florescer as
múltiplas expressões étnicas que dão, tanto o índio quanto o não-índio, o valor
simbólico de sua cultura e marca as fronteiras sociais existentes entre eles.
Baseada nas relações socioculturais que
ocorrem em meio a diversidade cultural do município, as análises e reflexões
aqui feitas nascem da ideia de Certeau (2011), vinculadas a operação
historiográfica, onde as imagens projetadas dos índios Xukuru-Kariri são
influenciadas pelo tempo e espaço e assim pela subjetividade de cada indivíduo
que está disposto a analisá-las, buscando romper com as barreiras que geram
poucos ou um só eco, causadas pelos silenciamentos e pelos esquecimentos.
Assim, discutimos sobre como o museu
pode representar o contexto de conflito em que se encontra o local no qual foi
fundado. Esse caso nos faz refletir sobre quais são as histórias, as artes e os
costumes neles representados, privando os usos e/ou desusos da capacidade
memorialística e patrimonial. Compondo enfim, uma instituição capaz de
demostrar a predominância e o prestígio de mais de uma memória e, assim, mais
de uma história que descreve o município de Palmeira dos Índios.
REFERÊNCIAS
Aline de
Freitas Lemos Paranhos é licencianda em História pela Universidade
Estadual de Alagoas. Ex-bolsista do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência, Bolsista do Programa Residência Pedagógica e Voluntária
no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. Integrante do
Grupo de Estudos sobre o Patrimônio Histórico, Imagem e Memória. Atualmente
desenvolve pesquisas com temas voltados a: Identidade, Memória, Museus e
Patrimônio. Orientadora. Francisca Maria Neta.
CHAGAS, Mário. Memória e poder: dois
movimentos. Cadernos de Sociomuseologia,
[S.I.], v.19, n.19, jun, 2009. p. 43 – 80.
CHAVES, Julio Cézar. “Eu não queria que índio se tornasse peça
de museu”: polifonias dos Xukuru-Kariri sobre museus. Especialização –
Programa de Pós-Graduação em Antropologia, da Universidade Federal de Alagoas
(UFAL), Maceió, 2014.
CERTEAU, Michel de. A escrita da História. Tradução de
Maria de Lourdes Menezes; revisão técnica Arno Vogel. 3ª ed. Rio de Janeiro,
Forense, 2011.
Diário Oficial do Estado (D.O.E de 20/04/1983) na Portaria nº 497, de 19 de
abril de 1983. Termo de Convênio entre a
Secretaria da Educação e Cultura e o Museu Xucurus.
PEIXOTO,
José Adelson Lopes. Memórias e imagens em confronto: os Xucuru-Kariri nos acervos de Luiz Torres
e Lenoir Tibiriçá. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Antropologia da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa: UFPB, 2013.
SAMAIN, Etienne. Como pensam as imagens. SAMAIN, Etienne (Org.). Campinas: Editora
da Unicamp, 2012.
SANTOS, Maria Aparecida da
Silva. Entrevista realizada por Aline de
Freitas Lemos Paranhos em 16 de abril de 2019. Transcrição por Aline de
Freitas Lemos Paranhos com duração de 1h23min.
SANTOS, Domicília. Entrevista realizada por Aline de Freitas
Lemos Paranhos em 19 de março de 2019. Transcrição por Aline de Freitas
Lemos Paranhos com duração de 2h04min.
SOARES, Brunemberg da Silva; SILVA,
Edson. Os indígenas Xuhuru-Kariri em
Palmeira dos Índios/Al: entre relatos e espaços de memórias. In: MARIA
NETA, Francisca; PEIXOTO, José Adelson Lopes. Alagoas nos trilhos das memórias: imagens patrimônios e oralidades;
prefácio Edson Silva. Recife: Libertas, 2017. p. 123 – 140.
TEIXEIRA, Luana. Para além
da “pedra e caco”: o patrimônio arqueológico e as igaçabas de Palmeira dos
Índios, Alagoas. Monografia (Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio
Cultural) – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan/
Superintendência Estadual de Alagoas, Rio de Janeiro, 2012.
TORRES, Luiz B. Tilixí e Txiliá.
Lenda da fundação da cidade de Palmeira dos Índios. Texto não publicado. 1971.
Oi Aline, tudo bem? Gostaria de saber se você já fez ou faz outras pesquisas relacionadas aos Xukuru-cariri. Pois, apesar de terem suas terras e comunidades aí em Alagoas, a alguns anos atrás, grupos saíram em direção a outros estados. Nesse sentido, quero saber se você tiver, por gentileza, poderia me enviar alguma pesquisa voltada exclusivamente a esse povo. Obrigado.
ResponderExcluirAbraços, Edivaldo Rafael de Souza.
Olá Edivaldo. Fico feliz que você tenha gostado da pesquisa. Tenho um material interessante sobre os Xukuru-Kariri, se quiser deixa o e-mail que te passo.
ResponderExcluirMas a princípio, você pode entrar no link que disponibilizarei, nesse site tem uma série de artigos, tcc’s, dissertações e até mesmo teses sobre a temática indígena em Alagoas, mobilizações étnicas, migrações, políticas públicas e tudo mais ...
https://www.ghpial-uneal.com.br
Att. Aline de Freitas Lemos Paranhos
Obrigado. E-mail: edivaldorafael@yahoo.com
ExcluirTem outro site também chamado “Índios do Nordeste” que você pode encontrar textos sobre o tema.
ResponderExcluirOlá Aline, gostaria de parabenizá-la pelo trabalho.
ResponderExcluirO Museu Xucurus realmente é carregado de tramas e sentidos. Atualmente existe a tentativa da prefeitura municipal de Palmeira dos Índios de retirar o acervo que compõe o Museu do local que está desde sua fundação (Igreja de Nossa Senhora do Rosário) e realoca-lo em um solar alugado. Em sua opinião essa mudança pode descaracterizar o museu? Essa é uma inquietação minha pois não sei até que ponto o museu é formado somente pelo acervo ou se ele é um misto de acervo e arquitetura.
Ouvinte: Cássio Júnio Ferreira da Silva.
Olá Cássio, obrigada pelo comentário !
ResponderExcluirAo meu ver, o acervo dialoga com a arquitetura e à medida em que os objetos forem retirados do lugar, estaria sim descaracterizando não só a imagem do museu que já é tão criticada, mas também sua identidade, afinal, vale destacar que a igreja onde está instalado o museu foi construído pela comunidade negra que vivia na região durante o século XVIII. E mesmo que haja uma certa distância entre a imagem das comunidades tradicionais vistas no museu e o que de fato elas representam na atualidade, é uma forma de mostrar que essas comunidades fazem sim parte do nosso cotidiano e da história do município.
Att. Aline de Freitas Lemos Paranhos.