LUGARES DE COMER: OS BARES E A ALIMENTAÇÃO EM BELÉM

Sidiana da Consolação Ferreira de Macêdo.


De Campos Ribeiro, em Inesquecível Despedida[1], nos diz que:

 A década de vinte, com suas noites de fina boêmia iniciadas no Bar “Paraense” e no “Pilsen”, ali na Independência, para terminar no “Kean” em São Braz, depois de obrigatório giro pelo City Club, no prédio onde está o Cedro, vizinho do Olimpia, que interessantes episódios registrou, com seus tipos estranhos que eram como parte da paisagem noturna (...).[2] 

Essa realidade dos bares compondo o cenário da cidade de Belém, ganha muito destaque nas noites da cidade. Os bares ganham destaque eram locais de sociabilidade e consumo de uma variedade de comidas e pessoas circulando como nos aponta De Campos Ribeiro. Assim, o que se come e onde se come permite o entendimento da cidade de Belém, ao mesmo tempo em que também permite compreender como os moradores da primeira metade do século XX, vão construindo hábitos alimentares e consequentemente a sua própria identidade. Nesse sentido, lembramos as palavras de Simmel: “Por ser algo humano absolutamente universal, esse elemento fisiológico primitivo torna-se, exatamente por isso, o conteúdo de ações compartilhadas permitindo assim o surgimento desse ente sociológico à refeição”.[3] Ora, ao estudar os locais de vendas de comidas podemos visualizar as ações dos indivíduos durante uma refeição, e igualmente as relações sociais em torno dessa prática em Belém.

Os estabelecimentos de consumo de alimentos tinham frequentadores heterogêneos. Os bares surgem como locais de arte, luxo e moralidade, muitos deles destinados as famílias. Conforme veremos os espaços de consumo de alimentos em Belém certamente tinham códigos e regras específicas, considerando ainda a diversidade do público de consumidores que desejavam atrair ou repelir, socializando permissões e interdições que faziam do ato de comer também uma forma de aprendizagem social. De fato, conforme sugere Simmel, as regras em relação ao ato de fazer uma refeição iam “desde segurar a faca e garfo, até os temas mais convenientes de se falar à mesa, para regular o comportamento dessas camadas”.[4]

A cidade de Belém do Pará, então, compreendia diversos tipos de estabelecimentos destinados à venda de alimentos. Em cada um desses espaços, pessoas circulando, bem como as disputas e tensões aflorando entre os sujeitos, que buscavam fazer do comércio de comida esteio de sua sobrevivência ou até mesmo fortuna, e aqueles que eram seus fregueses e frequentadores. Por muito tempo a localização destes estabelecimentos se situava quase sempre no entorno do centro comercial, o bairro da Campina, face o “grande movimento da Rua João Alfredo” que, na descrição dos médicos Victor Godinho e Adolpho Lindenberg, no início do século XX, tinha: “Grandes sobrados (…) ocupados por importantes casas de negócios: grandes edifícios como os de alguns bancos; (...) Extraordinariamente movimento de transeuntes, carros, carroças e bondes”.[5] Ao longo da primeira metade do século XX, no entanto, outros bairros também vão abrigar estabelecimentos de consumo de alimentos, tais como o Umarizal, o Jurunas e a Pedreira.[6]

Na busca do entendimento dessa contextualização alimentar de Belém, observamos que à medida que novos bairros foram se constituindo surgiam juntamente novos estabelecimentos para comprar e comer, que mantiveram uma constância no que tange sua funcionalidade e seus fregueses. Lugares tais como as tabernas, botequins, mercearias e pensões não desapareceram.[7] Isso quer dizer que, a dinâmica existente em fins do século XIX para determinados lugares mantiveram-se ao longo da primeira metade do século XX. Contudo, houve surgimentos de novos espaços para alimentação como os bares que, além de servirem o alimento, traziam novas propostas de lazer e arte. Ao longo desse período, então, percebemos um aumento no número de estabelecimentos para consumo de alimentos, fenômeno ligado ao crescimento espacial da cidade, bem como populacional e econômico.

A contextualização alimentar da cidade de Belém no período estudado nos traz à tona variedades de locais, formas de funcionamento e de frequentadores ressaltando um mapa social dos usos dos espaços da cidade que é desenhado pelo viés da alimentação. Lembrando que não é muito fácil nomear exatamente estes espaços abertos ao consumo de alimentos, uma vez que os estabelecimentos de alimentos e bebidas eram bem diversificados quanto a sua função.[8] Muitos desses estabelecimentos tinham mais de uma função sendo hotéis, restaurantes e casa de espetáculos. Um bom exemplo disso era o Coelho, que conforme anúncio publicado na Folha do Norte servia de Hotel e Restaurante e funcionou no mesmo local por várias décadas. Ou então, o Hotel Garés que também comportava um restaurante e ainda tinha em sua dependência um bar chamado de Tropical. Sendo que, em anúncio de 14 de maio de 1950, era anunciada a volta dos serviços de cozinha do restaurante após completa reforma e melhoramentos.[9] É sobre os bares que vamos tratar essa comunicação.

Bares: “ARTE! LUXO! ALEGRIA! CONFORTO! MORALIDADE”.
                
Em Belém do Pará, à medida que o século XX avançava, os estabelecimentos de cafés vão dando lugar aos bares. A cidade começava a ter número significativo de bares, que de acordo com os anúncios de jornais ofereciam aos seus clientes divertimento, alimentação e bebidas. Um exemplo disso é o Bar Paraense descrito como um “agradável centro de diversões”, que, em 9 de janeiro de 1910, realizava sua festa artística, qualificada como um “espectaculo” segundo se anunciavaa na Folha do Norte. De acordo com a propaganda, o programa era “organizado de fórma a attrahir para alli grande número de apreciadores deste gênero variado e inoffensivo”. Em 14 de janeiro de 1910, outro anúncio informava que no Bar Paraense seria levada à cena uma bem urdida comédia em um ato, “produção de um reputado comediographo nacional, e que fará rir a bandeiras despregadas”. Segundo o mesmo anúncio, neste “espectaculo” haveriam “números de encantar”, “cançonetas  deliciosas e intermezzos tão ao sabor do nosso público”.[10]

O Bar Paraense, era um dos mais tradicionais e antigos da cidade, tanto que o primeiro anúncio deste, por nós encontrado, data de 1910. Em 14 de fevereiro de 1931, cerca de 21 anos depois, lá estava o Bar Paraense anunciando a realização de seu Carnaval.[11] Ainda, no mesmo ano e mês, além da garantia de uma boa diversão com “jazz band”, o Bar Paraense anunciava ao público o serviço de bebidas como o “schopp”,[12] bem como um: “Menu variado, destacando-se saborosos patos no tucupi”.[13] No mesmo mês, aliás, o dito estabelecimento noutro anúncio enfatizava que seria servido:

“Gorda paca no tucupy e o saboroso Bratwurst (salsicha)”.[14]

Notando-se, portanto, um cardápio bastante variado incluindo pratos internacionais e outros com elementos mais amazônicos como o tucupi.

A realização de espetáculos em bares parecia comum em Belém. Em 5 de fevereiro de 1931, às oito e meia da noite, no Sousa Bar, tido como ponto de recreação da família paraense, haveria mais uma estrondosa estreia do show de ilusionismo com os aplaudidos Los Rodrigues, chegados do Sul, divertimento que prometia “arte, riso e sucesso”, uma vez que contava com: “Números de gargalhadas, destacando-se o de alta illusão”. Em pleno carnaval, nos idos de 1931, o Souza Bar parecia se destacar com sua programação, apresentando o teatro de revista intitulado: “No reino da Alegria- Emporio do Riso- Onde vive o carnaval”.  A propaganda, certamente visando atrair foliões, sem falsa modéstia informava que a “opinião pública”, que circulava pelos “cafés” da cidade, igualmente afirmava que a “hilariante revista Depois não chora” era o “único divertimento aproveitável do carnaval” daquele ano. Desse modo, concluía o anunciante: “Não ir ao SOUSA BAR é lesar o bom gosto”, até porque, além das atrações artísticas, se “tinha ainda Menu extraordinário com “SCHOPP GELADINHO – Doces e guaraná”.[15]

Além de espaços para consumo de bebidas e comidas, alguns bares, conforme já apontamos, se tornavam espaços de apresentação de atividades artísticas tais como as revistas teatrais, a exemplo de “À Procura do Badallo”, encenada no Bar Pilsen em fevereiro de 1931, sendo como outros tantos um espetáculo destinado às famílias, uma vez que tudo aconteceria com muita “ARTE! LUXO! ALEGRIA! CONFORTO! MORALIDADE”.[16] No mesmo mês, o dono do bar anunciava ainda que para melhor servir sua distinta freguesia acabava de inaugurar um novo e luxuoso salão, no qual existia um serviço de “confeitaria, café, leite, chocolate, fructas nacionaes e extrangeiras, bom-bons, marrons glacês, etc, etc, servido por um grupo de educados garçons”.[17]

Algumas décadas depois, em 1950, o Bar Barbinha, pertencente a Oliveira Leite & Cia., localizado na Travessa Campos Sales, número 21, segundo o anúncio do jornal Folha do Norte, seria o “ponto preferido pela elite paraense”, oferecendo seus serviços com muito asseio, higiene e ordem estava.[18] Naquele momento, então, os bares apareciam como uma opção de recreação para as boas famílias da cidade, com música e arte. Segundo a Folha do Norte:

Belém é metrópole que oferece já bom número de centros recreativos, propiciando horas alegres à sociedade. Ouve-se música e delicia-se com o canto. Um pouco de arte enfeitando a vida, em todos, com esse rigorismo de seleção característicos dos grandes centros. O ‘Tropical Bar’, do ‘Hotel Garés’, enquadrou-se no grupo das realizações que atraem o espírito aristocrático dos nossos círculos sociais. Com uma pequena orquestra, vem prodigalisando horas agradáveis aos seus inúmeros frequentadores, a quem Domi Spada oferece o encanto das melodias, prestigiando pela acolhida que o público lhe dispensa em noites de programação caprichosa. Disseram-nos, os seus proprietários, que pretendem contratar outros famosos artistas, proporcionando-nos audições mais amplas, a começar de fevereiro próximo, com maravilhosas surpresas durante o carnaval. O prelúdio dessa temporada tê-lo-emos amanhã, quando o ‘Tropical’, em combinação com o Clube dos Aliados, fará ecoar o seu brado carnavalesco destinado a grande e compensador sucesso. [19]

Assim, nesse contexto, os bares não eram associados apenas ao consumo de bebidas, e se tomarmos como exemplos as propagandas veiculadas na imprensa, aparecendo igualmente como espaços voltados para as camadas médias e elites da capital, da mesma forma que poderiam ser frequentados pela família, não só por homens. Por outro lado, ainda que fossem lugares de diversão marcadamente noturnos, lembremos que havia, por exemplo, o Bar Pilsen que, em seu novo salão, oferecia os serviços de confeitaria. E é justamente entendendo a importância do estudo da alimentação para a compreensão de um determinado momento da história de uma dada sociedade, que foi pensada essa comunicação, tendo como espaço de interesse a cidade de Belém e os bares como locais de sociabilidade. Assim, foi possível fazer uma contextualização dos espaços e sujeitos em torno do mundo da alimentação na cidade de Belém e suas práticas a partir dos bares da cidade.

Referências:

A autora é professora Adjunta da Faculdade de História, da Universidade Federal do Pará/ Campus de Ananindeua. Autora do livro MACÊDO, Sidiana da Consolação Ferreira de. Do que se come: uma história da alimentação e do abastecimento em Belém (1850-1900). São Paulo: editora Alameda, 2014. Essa comunicação é fruto de minha tese de doutorado, a qual teve apoio da Capes.

[1] DE CAMPOS Ribeiro. Gostosa Belém de Outrora. 1966.

[2] DE CAMPOS RIBEIRO. op. cit., p. 129.

[3] SIMMEL, Georg. Sociologia da refeição. Revista Estudos Históricos, n. 33, 2004, p. 1.

[4] SIMMEL. op. cit., p. 3.

[5] GODINHO, Victor; LINDENBERG, Adolpho. Norte do Brasil: através do Amazonas, do Pará e do Maranhão. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2011, p. 88.

[6] Sobre um estudo da geografia urbana de Belém ver: PENTEADO. Antônio Rocha. Belém do Pará Estudo de Geografia Urbana. Belém: Universidade Federal do Pará, 1968.

[7] Sobre os espaços de distribuição, venda e consumo dos produtos alimentícios em Belém, tais como tabernas, cafés, quitandas, hotéis, casas importadoras e outros existentes na segunda metade do século XIX. Ver: MACÊDO, Sidiana da Consolação Ferreira de. Do que se come: uma história do abastecimento e da alimentação em Belém, 1850-1900. São Paulo: Alameda, 2014.

[8] Algranti lembra que “mais do que indicar a pouca precisão na forma de nomear os espaços (...) a variedade de designações sugere a multiplicidade de funções destes locais como a de servirem como locais de encontros e divertimentos”. ALGRANTI, op. cit., p. 30.   

[9] Folha do Norte, 14 de maio de 1950, p. 2.

[10] Folha do Norte, 9 de janeiro de 1910, p. 3; Folha do Norte, 13 de janeiro de 1910, p. 3.

[11] “CARNAVAL! CARNAVAL! CARNAVAL! É SÓ NO OLHO”. E, ainda, “No Bar Paraense, durante a quadra carnavalesca! ALEGRIA! - ESPECTACULOS PURAMENTE FAMILIARES -VERVE!”. Folha do Norte, 17 de janeiro de 1910, p. 2.

[12] Folha do Norte, 7 de fevereiro de 1931, p. 5. O Schopp parece ser bem consumido, uma vez que o mesmo pode ser observado em 1929, no Bar Pilsen, que oferecia aos seus fregueses “schopp geladinho”. Cf. Folha do Norte, 5 de janeiro de 1929, p. 4.

[13] Folha do Norte, 17 de fevereiro de 1931, p. 4.

[14] Folha do Norte, 26 de fevereiro de 1931, p. 4.
 
[15] Folha do Norte, 7 de fevereiro de 1931, p. 4.

[16] Folha do Norte, 7 de fevereiro de 1931, p. 5

[17] Folha do Norte, 14 de fevereiro de 1931, p. 5

[18] Folha do Norte, 8 de janeiro de 1950, p. 8.

[19] Folha do Norte, 13 de janeiro de 1950, p. 2.

7 comentários:

  1. Parabéns pela comunicação Sidiana, muito interessante sua reflexão!!!
    Estou começando uma pesquisa sobre história da alimentação, me interesso bastante pelo tema.
    Você diz que os frequentadores dos estabelecimentos de consumo de Belém são heterogêneos e também fala sobre a construção de uma identidade dos mesmos através da alimentação na primeira metade do século xx. Pode me falar mais sobre essa identidade?
    Lays Fernanda Oleniuk

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  2. ótima pesquisa. Parabéns.

    Gostaria que você pudesse detalhar mais sobre os métodos e as fontes documentais utilizados para a construção de seu trabalho. Quais foram os caminhos percorridos?

    Muito bom teu texto.

    Cesar Augusto Neves Souza.

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    1. Olá Cesar, muito obrigada. Esse texto tem origem nas minhas reflexões de minha tese de doutorado intitulada A cozinha mestiça: uma história da alimentação em Belém (fins do século XIX a meados do século XX).A tese parte da percepção de que se faz necessário refletir sobre a ideia da chamada comida regional como mais original, por vincular-se a uma tradição culinária dos grupos indígenas. A pesquisa revelou que, ao contrário do que se pensa, a comida regional que hoje se entende por típica é fruto de mestiçagens ocorridas ao longo do tempo. Aliás, as formas de consumo dos grupos indígenas sofreram inúmeras trocas e misturas nos ingredientes e formas de preparo. Desse modo, a presente tese demonstra como tais hibridismos ocorreram também para além dos pratos regionais. Assim, o trabalho investiga a cozinha paraense de fins do século XIX e meados do século XX, demonstrando como era resultado de inúmeras trocas alimentares. Visando a constituição de nossos argumentos fizemos um contexto dos espaços de venda de produtos e de alimentação na cidade de Belém, através dos estabelecimentos e diversos sujeitos que circulavam pela capital paraense. Seguimos com uma discussão sobre como os livros de receitas e receituários publicados na cidade eram influências das cozinhas e livros europeus, identificando tal realidade a partir das receitas e ingredientes. Por fim, a discussão sobre como a comida paraense é mestiçada e como os cardápios e menus encontrados na cidade neste momento nos mostram hábitos alimentares repletos de mestiçagem em uma cidade que ainda não fazia uso de seus pratos como identificador de sua cultura. Neste texto, o uso do Jornal Folha do Norte, especialmente os anúncios de estabelecimentos de venda e consumo de produtos bem como as páginas policiais me permitiram visualizar o mundo da alimentação da cidade de Belém, seus sujeitos e como a alimentação permite uma visão da sociedade da cidade de Belém. As mudanças e permanências em torno dos hábitos e práticas alimentares. Igualmente, o trabalho com viajantes e com os memoralistas foram fundamentais para que eu pudesse chegar as conclusões apresentadas aqui.
      Abraço.

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  3. Olá Professora Sidiana. Sempre sou contagiado por suas falas sobre alimentação e confesso que o apetite se abre. Minha visão corresponde ao ensino de história por meio da alimentação. Contudo, não se trata apenas de falar os modos e o que se comia, mas trabalhar esses elementos para a criação de peças ou coreografias dentro da escola. Segundo a sua visão que tipos de situações nestes bares poderiam ser retratadas em uma peça de teatro? E onde poderia encontrar mais detalhes sobre esses costumes ?
    Att, Felipe Araújo de Melo

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    1. Oi Felipe, muito obrigada! As próprias peças de Teatro, os atores que participavam dela já se torna um excelente objeto de reflexão, ainda não trabalhado como deverei pela história. Penso também que os próprios fatos acontecidos nestes bares, alguns vinham a tona nos jornais, podem ser retratadas no teatro. Para isso, uma pesquisa com enfoque nos acontecimentos destes locais é valioso. Pensar nessa perspectiva se faz necessário e seria de valiosa contribuição também. Um abraço.

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  4. Olá Lays, tudo bem? Que bom que você gostou! A temática da História da alimentação nos permite muitas reflexões caras e importantes ao ofício do historiador.
    São heterogêneos principalmente porque tais lugares eram muito variados e ao mesmo tempo distinto. Era possível encontrar bares que eram frequentados por uma camada social mais elevada da sociedade e outros que atendiam grupos sociais com menos poder aquisitivo.
    A construção de uma identidade que digo é especialmente da comida tipica,tão forte hoje na sociedade paraense. A identidade da comida regional paraense que é construída a partir da década de 20, na cidade de Belém, especialmente, pelos modernistas. Esse é um dos pontos que defendo em minha tese, intitulada A cozinha mestiça: uma história da alimentação em Belém (fins do século XIX a meados do século XX) e que está disponível em http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8849
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    Um abraço.

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