Camíla Joseane e Sousa Rios Costa
APRESENTAÇÃO
Este trabalho tem como finalidade problematizar a temática História
Africana e Afro-brasileira, tratando desde a abordagem em sala de aula com a
promulgação da lei 10.369/03, até o reconhecimento da identidade africana. É de
suma importância o conhecimento dessas raízes históricas para que a partir do
debate em classe os alunos negros passem a construir uma imagem positiva sobre
sua identidade e outros grupos étnicos a reconhecerem estas marcam culturais, conscientizando-se
sobre a necessidade destes a mudar suas atitudes preconceituosas.
Vivemos em uma população que está envolvida com questões referentes a
pessoas negras, atualmente já se debate mais sobre os movimentos de culturais,
preconceito, racismo, discriminação, empoderamento da mulher negra, entre
outros. Eis a questão: Essas práticas são consideradas como fontes importantes
no processo histórico e cultural brasileiro?
No entanto, o contato com a história afro no meio acadêmico me motivou a
estudar, conhecer e procurar diversas abordagens no qual o negro é considerado
um sujeito positivo na história.Todavia, esses foram os motivos que me levaram
a tratar destas questões, também cabe destacar que há uma escassez de estudos
referentes a História Africana e sua influência. A partir da promulgação da lei
10.639/03 foi estabelecido a obrigatoriedade da inclusão do ensino de História
da África e da cultura afro-brasileira, e é possível notar que houve um
crescente estudo relacionado a essa temática, porém é preciso pensar em uma
melhor aprendizagem, no qual esse conhecimento seja ampliado e qualificado para
que se torne mais interessante para os alunos.
Como acadêmica e futura docente, observo que anteriormente e ainda hoje
vivemos em um sistema educacional que privilegia o ensino da História do ponto
de vista europeu, pouco se fala sobre a África, sobretudo na educação básica.
Portanto, será utilizado neste trabalho discussões teóricas que mostram a
importància desse estudo, como: CIRCE
BITTENCOURT (2005), CUNHA JÚNIOR (2006),JAROSKEVICZ (2007), OLIVA (2009),
CARDOSO e FEITOSA( 2015), dentre outros.
OBJETIVOS
GERAL
Valorizar a História Africana e Afro-brasileira como componente
indispensável na formação histórica e cultural brasileira, de modo que com a
lei 10.639/03 foi instituído a obrigatoriedade de inclusão desta temática na
rede escolar nacional.
ESPECÍFICOS
·
Conhecer os aspectos sociais e culturais da
história africana.
·
Desconstruir estereótipos forjados pelo
imaginário europeu sobre a África e seus descendentes, possibilitando os alunos
negros a construção de uma imagem positiva e os brancos a reconhecerem as
marcas culturais africanas, independente da sua origem étnica.
·
Identificar elementos da cultura
africana no nosso país, de forma a assegurar o processo de afirmação da
identidade e historicidade negada.
JUSTIFICATIVA
O presente trabalho torna-se relevante
em razão da necessidade de reconhecimento da História Africana como elemento
importante na formação histórica e cultural brasileira. Com a promulgação da
lei 10.639/03 que posteriormente foi alterada pela lei 11.645/08 foi
estabelecido nas diretrizes e bases da educação nacional a inclusão obrigatória
no currículo oficial escolar a temática História da África e dos
Afro-brasileiros, assim como aspectos da cultura negra no Brasil e o negro na
formação da sociedade e identidade nacional.
Vivemos em um sistema escolar que
privilegia o ensino de história do ponto de vista europeu, também é notório que
a história africana está sempre marcada por preconceitos, concepções racistas
ou conceitos altamente estereotipados. O africano no ambiente escolar está
geralmente associado somente a ideia de escravidão, tráfico negreiro,
colonialismo, imperialismo e processos de independência na África. Desta
maneira, sua cultura e práticas sociais que são de extrema importância para a
formação brasileira acabam sendo ignoradas.
Após a publicação da lei houve um
esforço por parte das universidades e pesquisadores na implantação de cursos
especializados para aumentar os estudos desta área, mas ao mesmo tempo em que a
inclusão desta temática nas escolas pode ser considerada um avanço, muito ainda
deve ser feito. Desse modo, mudanças só poderão ser mais significativas com a
progressiva atenção dedicada ao tema.
Portanto, compreende-se que é essencial
a abordagem da História e cultura Afro-brasileira e Africana nas redes de
ensino, de modo que as PCNs estabelecem a valorização da pluralidade do
patrimônio sociocultural brasileiro, para que os brasileiros reconheçam sua
formação histórica se posicionando contra qualquer tipo de discriminação.
REVISÃO TEÓRICA
O Principal problema encontrado ao
trabalhar a história africana não é relativo à sua complexidade, mas sim com
relação aos preconceitos adquiridos no processo de informação sobre a África. A
imagem do africano em nossa sociedade é quase sempre a do selvagem acorrentado
a pobreza e a miséria, apresentando um estereotipo preconceituoso e racista.
Há alguns pontos importantes que devem
ser desconstruídos na imaginação dos brasileiros sobre a África: a África não é
uma selva tropical; o Europeu não chegou a África trazendo civilização; a
África tem história. Claramente, existem outros tópicos, porém estes aqui
apresentados mostram a ideia do africano tido sempre como o diferente em
relação aos povos de outros continentes, esta diferenciação se dá com base em
uma hierarquia de valores, onde uns são superiores e corretos, já outros
inferiores e consequentemente errados.
A presença africana no cotidiano
brasileiro é imensa, entretanto há limitações para compreendê-la devido à
ausência desta temática nas escolas, universidades e movimentos sociais ou
políticos. A aprovação da lei 10.639/03 que estabelece a obrigatoriedade do
ensino de história e cultura Africana e Afro-brasileira na educação básica foi
um passo importante, no entanto, sabe-se do desconhecimento por parte dos
professores em relação aos conteúdos exigidos pela lei. A escola é a
instituição onde se deve exemplar e contribuir para o cumprimento da norma
constitucional, sendo de sua responsabilidade respeitar as matrizes culturais e
construir identidades. A lei ainda estabelece a inclusão do dia 20 de novembro
no calendário escolar como “Dia Nacional da Consciência Negra”.
Segundo Circe Bittencourt (2005), a
concepção ensinada sobre a história africana é que tanto estes povos como os
indígenas não possuem história, apenas influenciaram ou contribuíram para a
cultura brasileira, por meio de hábitos alimentares, música, dança, esportes,
dentre outros.
O processo cultural afro-brasileiro
remonta ao período colonial, quando o tráfico de escravos forçou milhões de
africanos a virem para o Brasil e outros países. Contudo, formou-se a maior
população de origem africana fora do seu continente. É comum encontrarmos a
herança africana representada em nossas práticas culturais. Porém, antes essas
manifestações, rituais e costumes eram proibidos, só deixando de ser
perseguidos pela lei na década de 1930 durante o governo de Getúlio Vargas.
Cabe ainda destacar os dois grupos de
maior influência no Brasil: os Bantos-
trazidos da região de Angola, Congo e Moçambique, eram agricultores e viviam da
caça e pesca; os Sudaneses- povos
oriundos da África Ocidental e da Costa da Guiné, povos minoritários em relação
aos Bantos, mas exerceram bastante influência. As regiões brasileiras mais
povoadas com a mão-de-obra forçada africana foram a Bahia, Pernambuco, Alagoas,
Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Rio Grande do Sul.
A cultura afro-brasileira compõe
costumes e tradições como será detalhado a seguir: a mitologia, folclore,
língua, culinária, música, dança e religião.
A mitologia africana é muito
diversificada levando em consideração o extenso território dividido em países,
estados, cidades e grupos étnicos. Por exemplo, há a Mitologia Akan (Gana e Costa
do Marfim), mitologia Dinka (Sudão),mitologia Bambuti ( Congo), dentre outras. É
como se cada país tivesse sua mitologia, em geral, sabe-se pouco sobre
mitologia Africana se compararmos com a Grega, mas na mitologia Iorubá (a mais
conhecida) são criadas várias divindades, chamadas de Orixás no Brasil, porém não são considerados deuses e sim
ancestrais divinizados após a morte. Dentre os orixás estão: Exu- guardião do
templo, das casas, cidades, pessoas e mensageiro divino; Ogum- orixá do ferro,
guerra, tecnologia; Oxum- orixá feminino dos rios, ouro e amor; Iemanjá- Orixá
feminina dos lagos, mares e fertilidade, entre muitos outros.
Em relação a língua, a África apresenta
54 países e possui 2092 línguas faladas divididas em quatro grupos: línguas
afro-asiáticas( norte,leste e sudoeste africano), khoisan( sudoeste),
Nilo-saarianas (norte e leste) e nigero-congolesas ( abrange a África do Sul e
está diretamente ligada ao Brasil). Os países que falam português são: Angola,
Moçambique, Cabo Verde, Guiné- Bissau, São Tomé e Guiné Equatorial.
A culinária trouxe as panelas de barro,
o leite de coco, feijão, quiabo, abará, vatapá, quibebe, acarajé, pamonha, a
feijoada que foi criada a partir dos restos de carne de porco que os senhores não
consumiam, dentre outros elementos, percebe-se também que a maioria desses alimentos
se encontram presentes na culinária da Bahia.
Na música vemos os traços africanos no
samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, Maculelê e Maracatu, esses estilos ainda eram
muito marginalizados na sociedade pelo menos até o século XX. Utilizavam instrumentos variados
como Afoxé, atabaque, berimbau e tambor. Nas danças existem os rituais como o
tambor de crioula, há também a capoeira que seria uma mistura de dança, música
e artes marciais proibida no Brasil por muitos anos e em 2014 passou a ser
declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
A religião é característica do
sincretismo das práticas africanas com o catoliciamo, assim nasceram o
Candomblé, a Umbanda, a Quimbanda, Vodum, dentre outras manifestações que só a partir do século XX
passaram a ser aceitos pela população como expressões artísticas e culturais
nacionais. Portanto, com base nos argumentos aqui expostos sobre a herança
africana no Brasil, percebemos a importância deste povo para a nossa formação
histórica e cultural, mesmo que nos dias atuais há uma desvalorização desta
identidade por conta do preconceito e da discriminação.
METODOLOGIA
Os meses que antecederam a elaboração
do projeto foram feitas as análises de pesquisas bibliográficas, tanto como
textos, artigos científicos e questionário da internet. Todos estes meios foram
utilizados em uma perspectiva crítica e reflexiva.
Para reproduzir este trabalho em sala
de aula foram desenvolvidas temáticas a partir de conteúdos com ênfase em
história africana e questões referentes á política, cultura e religião, sob a
perspectiva de valorizar, problematizar e democratizar tanto o ensino como os
saberes. Cabe a nós enquanto formadores de opiniões focar nas discussões que
garantam a identidade e historicidade negada dos negros.
Após estas análises, as etapas do
projeto foram elaboradas da seguinte forma:
·
No primeiro momento, que tem como
duração 25 horas, está reservado para a observação em sala de aula nas
disciplinas de História, Sociologia, Filosofia e Geografia, de acordo com o
horário disponibilizado pela direção da escola.
·
A aplicação do projeto deve ocorrer em
05 horas, no qual esse segundo momento tem seu início com a aplicação de um
questionário com o intuito de avaliar o conhecimento dos alunos sobre o tema,
dessa forma, após a verificação das respostas, o propósito é trabalhar as
idéias dos estudantes sobre o conteúdo.
·
Posteriormente, haverá a aula
expositiva e dialogada sobre o assunto, com o objetivo de mostrar o aporte
teórico sobre o tema, a construção de alguns conceitos sobre a África ou os
Africanos e a importância da abordagem do conteúdo em sala de aula.
·
Ao final da exposição será transmitido
para a classe um pequeno documentário denominado “ D-21- A história, o africano
e o afro-brasileiro”
·
No último momento será apresentada
pelos alunos uma pesquisa sobre as seguintes temáticas: 1- culinária; 2- Dança;
3-Música; 4-Moda; 5- Religião. A classe de 28 alunos será dividida em 5 grupos,
cada um com seus respectivos temas focando esses aspectos citados na cultura
afro-brasileira.
RESULTADOS
No questionário prévio aplicado em sala
de aula, cujo 20 alunos responderam, foram obtidos os seguintes resultados:
01-
Você considera importante a inclusão da
história e cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar?
Todos os estudantes responderam que
sim, é importante a integração desta temática nos conteúdos escolares.
02-
Em uma escala de 0 a 10 na sua opinião
qual a importância dessa temática? Justifique.
N° de Alunos
|
Importância
|
1
|
5
|
1
|
7
|
5
|
8
|
6
|
9
|
7
|
10
|
Os alunos utilizaram as seguintes
justificativas para o grau de importância dado: Porque faz parte da nossa
história, da cultura, nos informa sobre os modelos de identidade e conhecimento
de si, além de nos permitir conhecer nossos antepassados. Também seria
importante por não terem conhecimento sobre o tema e possuírem o desejo de
conhecer mais sobre o assunto para quebrar os preconceitos existentes.
01-
O que você sabe sobre a história e
cultura africana e afro-brasileira?
Os estudantes disseram que sabem pouco
ou até mesmo nada. Alguns escreveram que o Africano influenciou na nossa
formação e fazem parte da nossa história, trouxeram algumas recordações da
época em que foram trazidos como escravos no tráfico transatlântico e que
sofreram influencias da cultura europeia, principalmente portuguesa, conhecem
alguns aspectos da dança, culinária, música, religião, por exemplo: a capoeira,
a feijoada e a macumba foram elementos citados. Também destacaram que não
existe matéria que trate sobre o assunto na escola e o pouco que se sabe foi
adquirido na convivência em sociedade.
02-
Você conhece ou já ouviu falar sobre a
lei 10.639/03 que legisla sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira
e africana em todas as escolas do país?
Sim, conheço.
|
Sim, ouvi falar.
|
Não conheço.
|
2 alunos.
|
5 alunos.
|
13 alunos.
|
03-
Você já participou de algum curso,
evento ou atividade que tenha abordado questões étnico-raciais ou temas
relacionados aos afro-brasileiros e africanidades?
Não
|
Sim
|
7
|
13
|
04-
Você consegue identificar elementos da história
e cultura africana em nosso país? Quais?
Não
|
Sim
|
6
|
14
|
Os estudantes destacaram as religiões e
crenças como umbanda e candomblé; Também aspectos da dança como a capoeira, da
culinária a feijoada, as roupas, músicas e festividades.
Depois da aplicação do questionário foi
realizada a aula expositiva com a exibição do vídeo, em ambos foi trabalhado a
questão relacionada aos preconceitos existentes quando se pensa em África,
atrelado somente a ideia de escravidão e inferioridade. Além disso, também foi
falado sobre a importância do tema e mostrado em forma de slide alguns aspectos
culturais da África que exercem influência no nosso país, por exemplo, a
mitologia, a dança, a culinária, a música, os instrumentos e a religião.
Posteriormente, em relação ao trabalho
realizado pelos alunos, o Grupo 1 que ficou responsável pela culinária afro-brasileira, trouxe
algumas heranças africanas no slide como óleo de dendê, óleo de coco, feijoada,
cuscuz, mandioca, ervas, acarajé, vatapá, pamonha, mingau de milho, entre
outros elementos que estão na maioria das vezes presentes na culinária da
Bahia.
O grupo 2 sobre a dança faltou na data proposta. O grupo 3 que falou sobre a música trouxe elementos oriundos da
África Saariana como samba, maracatu, assim como instrumentos tipo: conga,
surdo, tambor, atabaque, dentre outros. Também destacaram que estas eram
consideradas práticas de marginais nos tempos passados. Falaram também em
algumas bandas brasileiras que utilizam os ritmos africanos, por exemplo,
Parangolé, harmonia do samba e etc.
O grupo 4 que tratou sobre a moda trouxe nos slides elementos como
tintas utilizadas para tingir os tecidos, as estampas, figuras corporais usadas
em cerimônias e rituais, os penteados como tranças, Dreadlocks; acessórios como
pulseiras, colares, brincos, turbante e lenços; Mostraram também vestidos com
estampas, onde cada uma possui um significado especial.
O 5° e último grupo que ficou
responsável pela religião, trouxe o
Candomblé e a Umbanda, falaram do sincretismo religioso, onde os africanos
foram convertidos ao cristianismo, porém não deixaram suas antigas práticas
rituais. Destacaram a mitologia Iorubá e seus Orixás, além dos três princípios
umbandistas: fraternidade, caridade e respeito.
Diante disso, percebe-se com o projeto
aplicado nesta sala de aula que há uma carência relacionada aos estudos
africanos e afro-brasileiros por diversos motivos e que mesmo com a
implementação da lei, a instituição, acredito que não apenas esta, mas as
diversas existentes em nosso país, não trabalham essa temática ou apenas a
mencionam em datas específicas como o Dia Nacional da Consciência Negra, assim
acabam por não promover os saberes necessários para o reconhecimento dos
valores e contribuições de afrodescendentes no Brasil.
Há uma dificuldade em trabalhar este
tema por conta dos preconceitos que embora façam parte do cotidiano, são
ignorados pela prática pedagógica até mesmo pela falta de qualificação dos
próprios professores, o que se faz necessário uma política de formação mais
intensa e adequada do educador para que este possa desenvolver a valorização e
respeito destes aspectos históricos e culturais.
Há um interesse em relação ao tema por
parte dos alunos, uma vez que a maioria da nossa população é constituída por
pessoas negras e pouco se sabe sobre o assunto, a não ser aquilo aprendido em
convivência com a sociedade, que muitas vezes traz uma concepção
discriminatória e estereotipada sobre o povo africano. Portanto, ainda há muito
a ser feito em relação a esse reconhecimento das desigualdades étnico-raciais e
o desejo desses educadores em transformá-las.
CAMILA
JOSEANE E SOUSA RIOS COSTA- Acadêmica do 7º período do curso de História da Universidade
Estadual do Maranhão- CESC/UEMA de Caxias-MA, sob
orientação do Prof. Dr. Jakson dos Santos Ribeiro. E-mail:
Camila19k2011@hotmail.com
CARDOSO, Salete Rodrigues. FEITOSA,
Diane Mendes. O ensino da História e
cultura afro-brasileira nos currículos oficiais: desafios na formação docente.
Revista fundamentos, v.2, n.1, 2015.
CUNHA JÚNIOR, Henrique. História africana para a compreensão da
história do Brasil. In: História e cultura afro-brasileira e africana: educando
para relações étnico-raciais/ Paraná. Secretaria de estado da educação.
Curitiba:SEED-PR, 2006. P. 45-46.
JAROSKEVICZ, Elvira Maria Isabel. Relações étnico-raciais, história, cultura
africana e afro-brasileira na educação pública: da legalidade à realidade.
2007.
OLIVA, Anderson Ribeiro. A história africana nas escolas
brasileiras. Entre o prescrito e o vivido, da legislação educacional aos
olhares dos especialistas(1995-2006). HISTÓRIA, São Paulo, 28(2): 2009, p.
143-172.
BITTENCOURT, Circe. Identidade Nacional e ensino de História no
Brasil. In: KARNAL, Leandro (org). História na sala de aula: conceitos,
práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2005.
Parabéns pelo trabalho ! Gostei muito da forma como você trabalhou as leis 10.639/03 e 11.645/08 em sala de aula, trazendo para os alunos um novo olhar acerca da cultura e tradição dos povos tradicionais. Excelente iniciativa e obrigada por compartilhar conosco as experiências e desafios de trabalhar essa temática.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirObrigada! Fico feliz em poder compartilhar esta experiência.
ExcluirCamíla Joseane e Sousa Rios Costa
Aline de Freitas Lemos Paranhos 👆🏾
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá! Gostaria de parabenizar o trabalho. Muito importante para o combate a ações racistas e discriminatórias. Minha pergunta, e até mesmo sugestão, é referente as danças africanas.Como os alunos foram orientados a procurarem sobre essas manifestações? Este trabalho tinha o intuito de vivenciar no e pelo corpo essas danças ou apenas uma exposição?
ResponderExcluirAtt, Felipe Araújo de Melo
Olá Felipe, de primeiro momento a intenção era justamente que os alunos representassem estas danças, porém como o tempo disponibilizado para a aplicação do projeto era curto foi realizada apenas exposições, como dito no trabalho o grupo responsável pelo quesito "dança" faltou no dia da apresentação, mas a orientação dada foi para que eles trouxessem as danças oriundas da cultura afro-brasileira.
ExcluirEspero ter respondido sua pergunta. Obrigada pela atenção!
Camila Joseane e Sousa Rios Costa
Boa tarde! Parabéns pelo trabalho, Camíla.
ResponderExcluirGostaria de indicar para você um livro do Dr. Paulino de Jesus Cardoso e Karla Rascke, "Formação de professores: produção e difusão de conteúdos sobre história e cultura afro-brasileira e africana", de Santa Catarina. O acho muito útil nas discussões que faço sobre História e Cultura Afro-brasileira.
César Aquino Bezerra
Obrigada pela sugestão e por sua atenção, com certeza irei ler!
ExcluirCamila Joseane e Sousa Rios Costa
Olá Camila, boa noite!
ResponderExcluirPrimeiramente parabéns pelo trabalho. Só uma curiosidade, você encontrou alguma resistência de algum aluno em relação ao projeto?
Ayrton Costa da Silva.
Olá Ayrton,
ExcluirNão,todos os alunos até mesmo pelo desconhecimento sobre o tema, mostraram muito interesse no projeto.
Boa noite, Camila. Parabéns pelo trabalho.
ResponderExcluirNa minha caminhada como professora de História percebo grande desconhecimento sobre o continente africano, tanto entre os estudantes como também entre colegas professores, que trabalham fora da área de Humanas.
Na sua opinião, a carência de conhecimento sobre África, pode ser também justificado, por que muitos professores acham q só a disciplina de História deve trabalhar essa temática?
Olá Aline!
ExcluirSim, a lei estabelece que os conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira devem ser inseridos em todo o currículo escolar, principalmente na área de Educação Artística, Literatura e História. Então conseqüentemente alguns profissionais acabam deixando a tarefa para outros pela falta de conhecimento e interesse. Principalmente aqueles que têm uma formação anterior a implementação da lei.
Espero ter ajudado, Obrigada!
Camila Joseane e Sousa Rios Costa
Olá Camila, parabéns por abordar o tema. Sabemos que o objetivo da Lei 10.369/03 é de ampliar o conhecimento dos alunos, através de um currículo escolar voltado para a diversidade cultural, apresentando não só a cultura de raiz européia, mas também a de origem africana, além das outras culturas como indígenas, asiáticas, dentre outras, interagindo entre várias disciplinas da grade curricular. Mesmo após a criação da lei podemos perceber que esse tema ainda é pouco abordado nas salas de aula, em sua opinião, isso acontece por preconceito dos profissionais da educação sobre a cultura dos povos africanos, ou esse fato se dá por falta de conhecimento ou desinteresse desses profissionais?
ResponderExcluirRodrigo Salmazo Mazzarão