ELIANE APARECIDA MIRANDA GOMES DOS SANTOS
Introdução
A proposta deste artigo é discutir e analisar a
necessidade local de conhecer os fatos ligados à história do município de São
Pedro do Ivaí. Dessa maneira, propõe-se através deste trabalho, com a
colaboração dos depoentes, a (re) construção da memória dos trabalhadores e proprietários da lavoura
cafeeira (re) memorando os acontecimentos do período de 1970 a 1990 que contribuíram
com o desenvolvimento de tal município. Esses relatos
orais obtidos ao longo de nossa pesquisa muito cooperaram para a compreensão de
como essas pessoas chegaram a São Pedro do Ivaí, como pensaram o plantio da
lavoura de café, e quais foram às decisões tomadas por eles após a Geada de
1975.
Nesse caso, é indispensável à História Oral que em
muito contribui com o processo de rememoração da história do município de São
Pedro do Ivaí.
Como destacado pelo
historiador Robson Laverdi (2012, p. 187)
“Enaltecida ou
hostilizada, a história oral, com muita frequência, é vista como uma chave para
o tratamento de temas contemporâneos ou da chamada história do tempo presente e
mesmo relacionada a outras temporalidades”
No caso de São Pedro do Ivaí, observa-se que as
falas dos entrevistados fazem essa conexão entre passado e o presente. Durante
as entrevistas, compreendemos melhor os processos que envolvem o cultivo do
café em São Pedro do Ivaí. Atualmente, conforme o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, o município possui 10.167 habitantes, está localizado geograficamente ao
noroeste do Paraná.
Aparecido
refere-se à movimentação do plantio de café no município, onde os trabalhadores
estavam empenhados no cultivo da lavoura, pois se tratava de uma cultura que
rendia lucros as famílias que investiam na produção da lavoura.
A história de São Pedro do Ivaí é semelhante à de
muitos outros municípios do Estado do Paraná, que teve a sua formação devido à
expansão do cultivo da lavoura de café. Semí Cavacanti Oliveira (2009, p 6) apresenta que “o
avanço por novas regiões pioneiras do Norte do Paraná justifica a ampliação da
área plantada e também do número de propriedades incluídas na economia cafeeira”.
O entrevistado, senhor Aparecido, hoje com a idade
de 83 anos, chegou ao município aos dez anos de idade, é descendente de
italianos e na entrevista relata que o seu pai chegou ao município com sua mãe,
ele e os irmãos ainda bem pequenos, vindos da cidade de Águas de Lindóia localizada
no oeste do estado de São Paulo. “As terras
aqui eram muito boas e tudo que plantava dava, não havia necessidade de usar
adubos e nem herbicida” (APARECIDO, 2014).
Analisando os depoimentos dos entrevistados e
contrapondo com os documentos disponibilizados pela Prefeitura Municipal e
juntamente com a bibliografia local, Compreende- se que o município foi sendo construído
pela presença dos cafezais (PREFEITURA MUNICIPAL, 1987 s.p). Como já mencionado
o objetivo da pesquisa é analisar a construção ou (re) construção da memória da
cultura do café e o declínio da lavoura em São Pedro do Ivaí de 1970 a 1990. Seria
quase impossível à construção dessa pesquisa se não fosse à colaboração dos
trabalhadores e produtores de café com os relatos orais de experiências vividas
nos anos iniciais do município em questão. O recorte temporal é de 1970 a 1990 (declínio
do café).
1.História Oral
A história
oral é uma ferramenta que possibilita ao pesquisador esmiuçar não somente documentos
escritos, mas também documentos orais, como sujeitos importantes para resgatar a
história. No que tange a história oral, entende-se que segundo José Carlos Sebe
B. Meihy (2000, p.79) [...] chamamos história oral os processos decorrentes de
entrevistas gravadas, transcritas e colocadas ao público segundo critérios
predeterminados pela existência de um projeto estabelecido (MEIHY, idem,
ibidem).
Dessa maneira
descortina-se a importância do método de pesquisa oral para levar a sociedade
local fatos que colaboraram para a formação do município que se habita. Porém,
Meihy (2000, pg.89) apresenta a história oral como nova, sendo fortalecida no
ano de 1983.
De acordo
José Carlos Sebe B. Meihy
“[...] Até o começo dos anos 90, a história
oral brasileira não figurava nos currículos dos cursos universitários, nem
aparecia com frequência mínima como tema de congressos e documentações nas
humanidades em geral. Ao mesmo tempo, era confundida com a mera prática de
entrevistas derivada do jornalismo, antropologia, sociologia e psicologia (MEIHY,
2000, p.92)”
Percebe-se
que a história oral era tratada com cautela, para que a história não fosse entendida
como mera entrevista e também não caísse na vulgaridade ao demonstrar
fragilidade nas analises que corroboram com a historiografia. Sendo assim, cabe
ao historiador ter clareza do ofício procurando manter o foco das analises das
entrevistas.
2. A construção ou (re) construção da
memória dos ivaienses
Quando usamos o termo (re) construção, nos referimos
a busca do entendimento do período da cultura da lavoura cafeeira em São Pedro
do Ivaí através das entrevistas com indivíduos que participaram desse período
da história do município.
Robson
Laverdi (2013, p.38 apud Pablo Ariel Vommaro 1997, s.p) apresenta que [...] Nessa conjuntura, a História Oral, para o autor, é mais do que uma
metodologia, mas uma maneira de aproximação da realidade. A pesquisa não tem o objetivo de buscar verdades, pois a concepção
de verdade depende do que se entende por verdade, mas, busca-se conhecer o
passado do lugar que se habita (São Pedro do Ivaí), “a história oral-prática de
pesquisa não “ressuscita vozes” e [...] ninguém está autorizado a falar por
outrem e nem ao menos tem o poder de “salvar” o tempo passado” (LAVERDI, 2012, p. 18).
A História oral e a memória se interligam, assim, a
memória que os depoentes trazem sobre o município desde sua gênese. “É esse
passado vivido, bem mais do que o passado apreendido pela História escrita,
sobre o qual mais tarde apoiar-se sua memória.” (HOBWACHS, 1992 p.71). Essa memória
vai dando forma e (re) construindo a história local. Aparecido nos fala da dificuldade de colher o
café que ele e outros que gostam de cultivar o café, não aguentam mais lidar
com o café “o povo da cidade não sabe nem como que panha” (APARECIDO, 2014).
Eclea Bosi (1994, p.39) nos escreve que “lembrança
puxa lembrança e seria preciso um escutador infinito”. Sendo assim, a cada
narrativa dos fatos da história por eles vividos, se renova suas lembranças. Para
tanto, reserva-se aos indivíduos do município de São Pedro do Ivaí o [...]
direito do conhecimento do passado (DUARTE, Geni Rosa, 2012 p. 289). O que os entrevistados
relatam são experiências vividas por eles, ou seja, eles compartilham trechos
de suas vidas e do seu cotidiano que auxiliam a visualizar uma parte da
história do município.
Para Michael Pollak (1992, p. 1):
“[...] A priori, a
memória parece ser um fenômeno individual, algo relativamente íntimo, próprio
da pessoa. Mas Maurice Halbwachs, nos anos 20-30, já havia sublinhado que a
memória deve ser entendida também, ou sobretudo, como um fenômeno coletivo e
social, ou seja, como um fenômeno construído coletivamente e submetido a
flutuações, transformações, mudanças constantes (POLLAK, 1992, p.1)”.
Na coleta dos depoimentos dos entrevistados percebe-se que uma fala
interliga a outra, mesmo quando os indivíduos não possuem acesso um com o
outro. Na história oral são coletados depoimentos que fazem parte da vida de
cada indivíduo e que de uma maneira ou de outra está interligada com a história
local e como citada acima, contribuirá para preservação da memória histórica do
município.
Conforme Halbwachs (1990, p.83).
“[...] É possível que no dia seguinte de um acontecimento que sacudiu,
destruiu em parte, renovou a estrutura de uma sociedade, um outro período comece.
Mas disso nos aperceberemos somente mais tarde, quando uma nova sociedade,
realmente. tiver tirado de si mesma novos recursos, e quando ela se propuser
outros objetivos”.
A sociedade ivaiense conforme as entrevistas, após a Geada Negra de 1975
conseguiu tirar de “si” novas maneiras de sobrevivências, procurando “esquecer”
o fenômeno climático de 1975.
Quanto à memória e o que os indivíduos nos apresentam sobre o passado de
São Pedro do Ivaí, Halbwachs (1990, p.77):
“Não esquecemos nada, porém esta proposição pode ser entendida em
sentidos diferentes. Para Bergson, o passado permanece inteiramente dentro de
nossa memória, tal como foi para nós; porém alguns obstáculos, em particular o
comportamento de nosso cérebro, impedem que evoquemos dele todas as partes. Em
todo caso, as imagens dos acontecimentos passados estão completas em nosso
espírito (na parte inconsciente de nosso espírito) como páginas impressas nos
livros que poderíamos abrir, ainda que não os abríssemos mais”.
As entrevistas fazem com que os entrevistados abram novamente esse livro
e revejam o que lá foi registrado para contribuírem no tear da história local.
Sendo assim, com as entrevistas dos indivíduos analisam-se como os
trabalhadores rurais na época do café no município (1970) lidaram com a
ascensão e o declínio do ouro verde (café) que conforme coletas de dados por
meio de documentos cedidos pela Prefeitura Municipal foi a cultura inicial DE
São Pedro do Ivaí, a presença do café
foi marcante e importante para a economia e para cultura local, tanto que a
bandeira deste município traz em seu centro um galho de café demonstrando a
relevância da cultura a essa terra (PREFEITURA DE SÃO PEDRO DO IVAÍ,1971, s.p).
Analisando as entrevistas dos indivíduos, os mesmos relatam que seus
familiares vieram para São Pedro do Ivaí devido à expectativa de melhora de
vida e as terras serem promissoras para o cultivo da lavoura do café. “[...] No
Paraná, além dos fatores já mencionados, contribuíram também para o
desenvolvimento da economia cafeeira, a terra de boa qualidade” (OLIVEIRA,
2009, p. 1).
3.São Pedro do Ivaí e a
lavoura do café.
A formação de São Pedro do Ivaí deu-se por volta dos anos de 1948 com
famílias oriundas de várias partes do Estado do Paraná e de outros estados como
São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco (RAINATO, Luiz Gonzaga, 1997, p.9). O
coronel Gabriel Jorge Franco foi “[...] o primeiro a lotear quadras para o
projeto de urbanização, dessa maneira foi ele que nomeou o município como
Cidade do Ivaí”.
Conforme Rainato (1997, p. 9) para o bom êxito comercial o coronel
realizou uma estratégia comercial.
“[...] Afonso Junqueira fez uma promoção especial prometendo um premio
de 500 cruzeiros (velhos) a cada comprador que construísse uma casa de madeira
até dezembro de 1950. Com essa oferta, houve certa animação e afluíram muitas
famílias para a localidade em busca de prêmio” (RAINATO, 1997 p. 9).
A vista disto aumentou o número de famílias que chegavam ao município em
busca de uma melhor condição de vida vislumbrada por meio da economia cafeeira.
As famílias que aqui se estabeleceram e adquiriram seu pedaço de terra para o cultivo
da lavoura de café, contavam com o conhecimento passado de geração a geração.
Pode–se dizer que “era um desenfreado
desespero para plantar café de qualquer jeito e enriquecer rapidamente” (KAISER
2008, apud COSTA 2012, p.5)
Os moradores que chegaram às terras de São Pedro do Ivaí conforme os
depoimentos, não demonstravam medo, pois havia nesse espaço (São Pedro do Ivaí)
grandes extensões de terras, livres de qualquer conflito e disputas. Na
concepção de Certeau (1998, p.200).
“Todo relato é um relato de viagem- uma prática do espaço. A este título
tem a ver com as táticas cotidianas, faz parte delas, desde o abecedário da
indicação espacial. [...] Essas aventuras narradas, que ao mesmo tempo produzem
geografias de ações e derivam para os lugares comuns de uma ordem [...]”.
A viagem (relato) dos entrevistados é formidável, pois falar do ocorrido
no município é tratar sobre um espaço praticado e conforme analisa Certeau
(1998), o espaço é praticado e se não fossem os trabalhadores (independente da
intenção) das lavouras praticarem esse espaço das roças com grandes plantações
de café talvez não existisse, pois, através do relato percebe-se como se foi
construindo a historia da localidade e como cada indivíduo deixou praticou
aquele local com sua maneira de viver.
Os entrevistados descreveram a
insegurança em relação às geadas, esse depoente relata a geada de 1953, de
1955, 1968 e a geada negra de 1975 como sendo um dos motivos de os produtores
de café olhassem sem esperança para a lavoura.
Conforme as falas dos entrevistados, por onde olhasse em São Pedro do
Ivaí se via a lavoura cafeeira e em uma extensão considerável na localidade em
seus primórdios. Aparecido (2014) relata que o município “[...] era tudo
cafezal, era inteiro tudo café”.
4.
O Declínio do Café no município.
Após a Geada Negra, a lavoura de café começa a sofrer os impactos que
esse fator climático causou as plantações da época (1975).
Como destacado por Baltazar Oliveira (1975, p. 1).
“[...] Na
região do Vale do Ivaí os lavradores estão desesperados, com muitos deles
querendo, antes mesmo de qualquer solução dos órgãos competentes, erradicar os
cafezais queimados, pois – como afirmaram a coluna – “tudo acabou e até o caule
das plantas foi atingido”” (OLIVEIRA, JORNAL TRIBUNA DA CIDADE 1976, p. 1).
Observa-se que, além do fator climático a lavoura cafeeira enfrentou uma
grande desvalorização comercial (antes e pós-geada), de 1976 que forçou os
trabalhadores a buscarem novas alternativas de sobrevivência.
Assim, vai se findando em São Pedro do Ivaí a
lavoura de café que abre espaço as lavouras com ciclos anuais como a soja,
trigo, feijão e outros. Augusto (214) nos fala,
a vida foi melhorando com o cultivo das lavouras da soja e trigo, pois eram
mais fáceis de cultivar. As entrevistas com os indivíduos seguem por esse viés que
“era sofrido tocar o café e que a vida deles melhorou com o fim da lavoura”, para
os entrevistados quem ganhava dinheiro
com o cultivo da lavoura cafeeira eram os grandes fazendeiros. Augusto (2014) relata
“[...] nóis larguemo do café em 85 porque o preço era ruim, não compensava”.
Dessa maneira as famílias foram aos poucos evadindo das áreas rurais em rumo
aos grandes centros.
De acordo João Paulo P.Rodrigues e Sandra C. A.L.
Pelegrini (2009, p. 8).
“[...]
Segundo o Instituto Brasileiro do Café, no espaço de menos de um ano, no estado
do Paraná, 300 mil hectares de café foram erradicados. Com esse fenômeno
climático, novas técnicas de produção foram inseridas na região de Ivatuba e ocasionaram
significativo impacto na estrutura populacional, na medida em que a introdução
da mecanização e da modernização da agricultura (...) reduziu drasticamente a
necessidade de mão-de-obra no campo da agricultura, a geada provocou o êxodo
populacional para os grandes centros urbanos.” (RODRIGUES E PELEGRINI, 2009,
p.8).
Percebe-se
que essa evasão rural aconteceu em grande parte dos municípios do Paraná que
tinham como base econômica a cultura do cultivo da lavoura de café. E assim
como no município citado acima, esse fato permanece na memória dos cidadãos avaienses.
Segundo a entrevistada Maria (2017) “os políticos
da época fizeram de tudo para manter o povo na cidade, porém os esforços foram
em vão e muitos foram embora para São Paulo”.
Essa fala ecoa das bocas de alguns depoentes, o povo
foi embora do município de São Pedro do Ivaí após a Geada Negra de 1975. Às
vezes notamos certo saudosismo nas falas dos depoentes, ao relembrar como o
tempo do café, era bom, pois tinha muita fartura e de repente eles se
contradizem dizendo que “era sofrido dimais” (BENEDITA, 2014).
Percebe-se que conforme nos relata Halbwachs (1990,
p. 73) a memória é:
“[...] Imagem flutuante, incompleta, sem dúvida e,
sobretudo, imagem reconstruída: mas quantas lembranças que acreditamos ter
fielmente conservado e cuja identidade não nos parece duvidosa, são elas
forjadas também quase que inteiramente sobre falsos reconhecimentos, de acordo
com relatos e depoimentos!”
Os relatos sobre as histórias vividas no início da
colonização de São Pedro do Ivaí precisam ser ouvidas, porém devem ser
analisados para compreender o que é da memória e o que se construiu a partir
dessa memória.
Na atualidade São Pedro do Ivaí tem 10.167
habitantes, porém em 1975 foi realizada uma estimativa de 24.367 habitantes e
após a Geada de 1975 alguns trabalhadores e produtores da lavoura cafeeira,
devido aos prejuízos, “venderam suas terras e foram embora para as cidades maiores
como Curitiba, São Paulo”
Conforme os depoentes, um grupo de pessoas e entre
eles o prefeito da época o Sr. Silvério Seco, buscando evitar a saída dos
moradores da localidade, rumo às cidades maiores em busca de novas oportunidades
de emprego, instalam no município a Empresa Destilaria de álcool.
Na atualidade a empresa tem o nome de Usina de Açúcar e Álcool Renuka
Vale do Ivaí S/A emprega pessoas várias pessoas do município e região.
CONSIDERAÇÕES
Observa-se no desenvolvimento da pesquisa conforme
os relatos dos depoentes, que mesmo após a Geada Negra de 1975, os moradores de
São Pedro do Ivaí, embora abalados pelos impactos do fenômeno climático,
buscaram alternativas para as carências ocasionadas pelo declínio da lavoura. A
cafeicultura empregou uma quantia razoável de pessoas nesse município que
colaboraram com sua formação, e os que aqui chegaram, vendo que o quadro geral
do Paraná estava mudando devido à modernização da lavoura. Começando a aparecer
meio timidamente o cultivo da soja, do trigo e também o uso de maquinários para
colaborar no manejo das lavouras de ciclos anuais. A saída encontrada foi à
construção da Usina Vale do Ivaí que conseguiu, de certa forma, conter evasão
rural. Usina esta, que emprega na atualidade uma grande parcela da população ivaiense.
Fontes Orais:
APARECIDO. Aposentado. 78 anos. Entrevista
Concedida a Pós- graduanda Eliane Aparecida Miranda. São Pedro do Ivaí, 01 de
maio de 2014.
AUGUSTO. Trabalhador Rural. 59 anos. Entrevista
Concedida a Pós- graduanda Eliane Aparecida Miranda. São Pedro do Ivaí, 30 de
março de 2014.
BENEDITA. Aposentada. 83 anos. Entrevista Concedida
a Pós- graduanda Eliane Aparecida Miranda. São Pedro do Ivaí, 30 de março de
2014.
FRANCISCO. Aposentado. 73 anos. Entrevista
Concedida a Pós- graduanda Eliane Aparecida Miranda. São Pedro do Ivaí, 21 de
julho de 2014.
MARIA. Aposentada. 64 anos. Entrevista concedida a
Pós-graduanda Eliane Aparecida Miranda Gomes dos Santos. São Pedro do Ivaí, 21
de Julho de 2017.
Informações sobre a
autora do trabalho:
Eliane Aparecida Miranda Gomes dos Santos é Mestranda
do Programa de Pós- Graduação em História da Universidade Estadual do
Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO). Licenciada em História pela Universidade
Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Especialista em História Cultura e Arte também
pela UEPG, Especialista em Religião, Sociologia e Filosofia pela Faculdade
Eficaz, Especialista em Metodologia de Ensino de História pelo Centro Universitário
Leonardo da Vinci (UNIASSELVI), Especialista em Educação do Campo pela
Faculdade de Tecnologia do Vale do Ivaí (FATEC).
REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
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http://www.mbp.uem.br/cim/pages/arquivos/anais/TS5/TS5-11.pdf. Acesso em 20
Ago.2013
Parabéns pelo texto, Eliane!
ResponderExcluirJá que sua metodologia é a História oral e você faz uso de entrevistas como ferramentas, quais as dificuldades encontradas quanto ao uso dessa metodologia no decorrer de sua pesquisa?
Sucesso!
Comentário de: Nikolas Corrent
Boa tarde, Nikolas! Obrigada pela pergunta.
ResponderExcluirMuitas vezes as entrevistas são contraditórias e diante disso é necessário uma análise mais detalhada do historiador. Também há um certo pudor dos entrevistados em relação ao termo de cessão de direito de uso de imagem e de som, devido o preenchimento dos dados documentais.
Abraços e sucesso a vc também, Nikolas!
Eliane A M Gomes dos Santos.
Boa tarde, Eliane!
ResponderExcluirTambém trabalho com história oral, percebi que você conseguiu deixar a narrativa clara de forma com que os depoimentos se complementam. Você teve dificuldade na construção final desse texto?
Primeiramente, obrigada Helaine pela pergunta!
ResponderExcluirAcredito que a dificuldade desse tipo de trabalho é tentar problematizar as fontes, uma vez que não podem ser entendidas enquanto dados absolutos, algo que é dificultado, já que a fonte em questão se trata de depoimentos de indivíduos que buscam contar suas "verdades".